​A Taça tira-teimas
31-07-2020 - 06:38

O emblema do Dragão não perderá de vista a ambição de fazer a dobradinha, enquanto do lado da águia voar mais alto do que o seu adversário encerra um propósito que vai para além de conquistar simplesmente mais um troféu.

No cumprimento de um calendário atípico, chega ao fim, neste sábado, a nossa atribulada e saltitante temporada futebolística. E, para a coroar, nada melhor do que uma final da Taça de Portugal envolvendo as duas melhores equipas portuguesas, o Futebol Clube do Porto e o Sport Lisboa e Benfica.

Campeão em título, com toda a justiça, o emblema do Dragão não perderá de vista a ambição de fazer a dobradinha, enquanto do lado da águia voar mais alto do que o seu adversário encerra um propósito que vai para além de conquistar simplesmente mais um troféu.

Tendo em mente aquilo que aconteceu no atribulado campeonato, com alternância das duas melhores equipas nos dois lugares da dianteira, esta final de sábado está envolvida em motivações muito especiais, como aliás se tem percebido nas mais recentes declarações de elementos dos dois lados.

E se é verdade que a dobradinha colocará o orgulho portista num patamar ainda mais elevado, para o Benfica existem ainda outras importantes implicações.

Ainda que, como vulgarmente se tem dito uma vitória não possa significar a salvação de uma temporada frustrante, as eleições no clube encarnado, num horizonte muito próximo, têm um peso e significado muito importantes e indiscutíveis neste acontecimento.

Como sempre, em circunstâncias como esta, será ousado avançar com uma previsão quanto ao desfecho do clássico. Para além do visível equilíbrio de forças, há também uma tradição que pode ser tida em conta. E neste aspeto, os lisboetas levam substantiva vantagem sobre os nortenhos.

Em Coimbra, longe do estádio nacional, normal palco de tão apetecido espetáculo, o facto de ser disputado à porta fechada tira uma parte importante da magia que sempre caracteriza este clássico.