Retratos do funeral de um homem "simples" que nunca perdeu a "pronúncia de Cinfães"
13-09-2017 - 18:19

Os diocesanos do Porto quiseram dizer o último adeus ao seu bispo. D. António Francisco dos Santos é lembrado por aqueles que estiveram consigo na peregrinação da diocese do Porto a Fátima, no Sábado, e por muitos outros que não quiseram deixar de homenagear um homem que "tocava no coração de todos".

"Era padre excepcional, foi bispo excepcional, que ainda sábado esteve em Fátima, falou para toda a gente com uma alegria, uma exaltação tão grande que não há comparação. Isto para nós foi um grande choque. É uma perda muito grande para a diocese do Porto." Maria do Carmo, 72 anos, Porto (à direita)

"Não tenho palavras. É um santo. Estou feliz porque o conheci e estive com ele em Fátima. Está no meu coração e trouxe este lencinho em homenagem a ele. Quando soube na segunda-feira, liguei a televisão e anunciaram que tinha partido. O meu coração caiu ao chão." Maria Pereira, 68 anos, Espinho (à esquerda)

"Nós fazemos parte da Associação Católica e ele era um bispo que estava sempre pronto na 'acção'. Incentivava ainda os militantes para continuar com o projecto, porque participava em muitos encontros connosco. De muitos que já passaram por aqui, este deixou marcas, marcas profundas. Esteve sempre junto dos que mais precisam que é uma coisa muito boa. É uma perda muito grande para os católicos, mas o Senhor sabe o que faz." Cesária Mendes, 65 anos, Santa Maria da Feira

"O bispo D. António Francisco dos Santos era uma pessoa muito especial para nós, para toda a diocese do Porto. Era um homem bom que, com a sua simplicidade, tocava o coração de todos. Faz todo o sentido estar aqui a agradecer tudo o que ele fez por nós. Deste bispo levo a mensagem de ter mais atenção ao próximo, sobretudo aos mais fracos. Acho que devemos mesmo levar isso a cabo." Helena Pinto, 21 anos, Matosinhos

"A gente gostava deste bispo e viemos cá. Pensávamos que o podíamos ver, mas não conseguimos. Mas a gente compreende, num caso deste isto não pode ser feito à balda, tem de ter regras. Era um homem simples e muito amigo do mais pobre. E vemos [a simplicidade] nele, porque é de Cinfães e nunca largou a pronúncia". Agostinho Reis, 79 anos, Gaia

"Era uma pessoa que merecia respeito, é por isso que está aqui tanta gente. E que ele era um homem humilde era." Deolinda Almeida, 82 anos, Gaia

"Eu vim porque gosto da Igreja, estive em Fátima com ele e sinto-me no dever de participar na última viagem dele. [Em Fátima,] achei muito bonita a mensagem que ele deixou aos peregrinos e, para mim, foi a maior alegria." António Pereira, 81 anos, Penafiel

"Primeiro, levo saudade, porque já tinha estado em Aveiro, ele vivia lá. Era um homem de fé e muito pronto a ajudar, tanto aqui no Porto como em Aveiro. Deixa-nos bastante saudade." Fernanda Pinheiro, 62 anos, Águeda

"É uma personalidade que deixa marcas. Convivi com ele na minha paróquia e a última vez que estive com ele foi num encontro de idosos e doentes que fizemos lá na paróquia e, de facto, era um bispo excepcional. Este fim-de-semana estivemos em Fátima e ele encheu-nos." Joaquim de Bessa, 76 anos, Amarante

"Vimos em representação do Orfeão Universitário do Porto para prestar as nossas condolências à diocese do Porto. O Orfeão Universitário do Porto, ao longo dos seus 105 anos de história, sempre teve um relacionamento muito próximo com a diocese e com o bispado em particular. Também com o senhor bispo que sempre nos dispensou grande amizade, grande atenção em todas as colaborações. Deixa uma grande humanidade, um trato muito simples, muito caloroso e sempre a emanar um sentido de cumplicidade e de amizade muito grande para o próximo." Luís Mateus, 30 anos, Porto

"Era uma pessoa que admirava. Sou "Ministra da Comunhão" e foi ele que me deu a carta para ser. Tenho estado com ele várias vezes e, ainda há pouco, veio à nossa terra. Ele era muito pelos velhinhos, muito virado para os mais frágeis." Maria Costa, 66 anos, Santo Tirso


"Estamos aqui na qualidade de membros das Equipas de Nossa Senhora. O D. António era um grande amigo das Equipas de Nossa Senhora, deu-nos muito, aprendemos muito com ele, deixa-nos uma grande herança. E é uma enorme alegria termos comungado com ele tantas experiências boas, tanto entusiasmo. É isso que nos faz levantar da tristeza deste momento, pela perda desse grande homem, que nos ajuda a elevar-nos como seres humanos, como casais, como filhos de Deus. Estamos muito gratos a este homem que muito nos deu." Domingos Duarte, 59 anos, Gaia