Greve da Groundforce leva a cancelamento de mais de metade dos voos previstos em Lisboa
18-07-2021 - 19:53
 • Renascença, com Lusa

No segundo dia de paralisação, foram cancelados um total de 377 voos em todo o país.

A greve da Groundforce, que voltou a fazer-se sentir nos aeroportos portugueses, resultou no cancelamento de um total de 377 voos em todo o país.

A paralisação afetou especialmente o aeroporto de Lisboa. Estavam previstos 515 voos e foram cancelados 321 - desses, 166 eram chegadas e 155 partidas. Foram apenas concretizados 194 (95 chegadas e 99 partidas).

Segundo a ANA - Aeroportos de Portugal, "o Terminal 2 e as companhias que operam com outra assistência em escala, que não a Groundforce, não têm impacto na sua operação".

Nos restantes aeroportos, os cancelamentos foram bastante menos comuns.

No aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, foram canceladas 18 chegadas e 19 partidas.

Em Faro, apenas um total de sete voos foram cancelados (quatro chegadas e três partidas).

No arquipélago da Madeira, os aeroportos da Madeira e do Porto assistiram a um total de 12 cancelamentos (três chegadas e três partidas cada).

No mesmo comunicado, a ANA afirma que "agradece às equipas dos aeroportos pelo seu reforçado empenho neste contexto difícil, assegurando a continuidade da operação nos aeroportos nacionais."

Este domingo cumpriu-se o segundo dia da greve convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), como protesto pela "situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias" que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.

A paralisação vai prolongar-se ainda pelos dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto.

Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24h00 do dia 31 de outubro de 2021.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.

A TAP garantiu no sábado que não tem quaisquer pagamentos em atraso à Groundforce, depois de a empresa de "handling" ter acusado a companhia aérea de uma dívida de 12 milhões de euros por serviços já prestados.