Cinco startups portuguesas a sonhar com unicórnios na Web Summit 2021
01-11-2021 - 16:30
 • Manuela Pires

A Renascença foi ao encontro de empreendedores que vão tentar aproveitar a montra da Web Summit para potenciar os seus negócios, alargar a rede de contactos e chegar a todo o mundo.

Cinco startups portuguesas ganharam bilhete para a Web Summit 2021, que arranca esta segunda-feira na Altice Arena, em Lisboa.

Da luta contra as notícias falsas a melhorar a organização na Saúde, da poupança de energia ao desenvolvimento sustentável do território, passando pela forma como nos relacionamos, estas empresas apresentam-se na maior feira mundial de tecnologia e empreendedorismo.

A concorrência é intensa e variada, mas querem aproveitar a montra da Web Summit para se darem a conhecer, potenciar o negócio e, quem sabe, chegar um dia ao estatuto de "unicórnio" com um valor de mil milhões de euros.

The Newsroom

The Newsroom é uma plataforma que desenvolveu uma tecnologia de inteligência artificial explicativa que avisa no ecrã, com cores do semáforo, se a informação que está a ler é verdadeira ou não.

Esta startup é liderada por um português e uma italiana. Pedro Henriques e Jenny Romano começaram a perceber que as pessoas ficavam irritadas umas contra as outras por causa das notícias que liam na internet e, por vezes, essas discussões acabavam em discursos de ódio.

Pedro trabalhava no Linkedin e Jenny no Google. Demitiram-se para criar a The Newsroom. Perceberam que a tecnologia podia ajudar a combater a desinformação que circula tão rapidamente pela internet, usando a inteligência artificial explicativa, com a ajuda de jornalistas.

MyCareforce

A MyCareforce é uma plataforma digital que já está em pleno funcionamento e que permite preencher turnos de uma forma rápida e simples.

É uma plataforma que conecta enfermeiros e técnicos auxiliares a turnos disponíveis em diferentes instituições de saúde.

Esta startup foi lançada em maio deste ano e já conseguiu um investimento de 100 mil euros pelo fundo espanhol Think Bigger Capital.

Klugit Energy

A Klugit Energy é uma startup que desenvolveu uma tomada que dá mais “inteligência” aos termoacumuladores comuns, permitindo poupar energia e ajudar os consumidores a terem hábitos mais amigos do ambiente.

Este é um projeto português que reinventou a tomada que se enquadra nos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. A ideia saiu da mente de Tiago Bandeira, que trabalhava há 10 anos numa empresa alemã de eletrodomésticos quando decidiu fundar a Klugit Energy.

A Klugit Energy já está no mercado, no arquipélago dos Açores, e com resultados positivos. Com esta tomada os consumidores podem poupar mais de 100 euros na conta da eletricidade ao fim de um ano.

Cityoo

Nasceu em Coimbra e já está no mercado. A Cityoo é uma plataforma que combina imagens de satélite e algoritmos para controlar as construções e intervenções nos edifícios. O objetivo é melhorar a qualidade de vida e garantir um desenvolvimento sustentável das cidades.

A Cityoo existe há dois anos, quando foi aprovada para um projeto de incubação da Agência Espacial Europeia, e é liderada por uma mulher. Rita Januário quer monitorizar a evolução das cidades e da sua construção em tempo real.

Esta plataforma digital, que pretende garantir um crescimento sustentável do território, pode ser usada por uma junta de freguesia até à UNESCO. Um exemplo prático: fazer a monitorização de um parque de painéis fotovoltaicos, como cresceu, como está a ser utilizado o espaço e se está ou não num desenvolvimento sustentável.

Keepr

A Keepr é uma aplicação que tem como missão ajudar os membros da comunidade a criarem relações duradouras, de amizade ou até de trabalho. A ideia partiu de Filipe Ferreira, que sentiu falta de muitos amigos durante a pandemia.

Esta aplicação pode ajudar a conhecer novas pessoas. Utiliza um método que alia o “matching” (combinação) de personalidades a pessoas, atividades e experiências.

A Keepr está ainda a testar a aplicação com 500 utilizadores, mas vai ser lançada por estes dias da Web Summit.