Os reitores das universidades portuguesas reclamam do Governo o pagamento de 10 milhões de euros até ao final do ano.
O valor destina-se à compensação relacionada com a redução do valor das propinas, que no próximo ano vão ter uma diminuição de 200 euros por aluno. Na globalidade do ano letivo, o valor em causa será de 50 milhões de euros.
À Renascença, o reitor da Universidade de Lisboa lamenta que as universidades, “ao contrário do que já disseram alguns dirigentes do Bloco de Esquerda” ainda não tenham recebido nenhuma compensação.
António Cruz Serra alerta que alguns estabelecimentos de ensino estão “preocupadas e nervosos com a situação” e apela a que as transferências sejam feitas o mais depressa possível para se “evitar uma gestão em sobressalto da universidade pública”.
O teto máximo para as propinas no Ensino Superior público vai fixar-se nos 856 euros no ano letivo de 2019/2020. A informação foi avançada pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, durante uma conferência de imprensa sobre o processo de negociações do Orçamento do Estado.
De acordo com a deputada, o OE prevê que o valor máximo da propina no Ensino Superior ficará nos "dois IAS", ou seja, ao dobro do valor do Indexante dos Apoios Sociais - que neste momento é de 428,9 euros.