Portugal está a usar mal os fundos do PRR, diz Montenegro em Bruxelas
23-03-2023 - 12:18
 • Manuela Pires , Olímpia Mairos

O líder social-democrata acredita que os estados membros vão ser unanimes em aprovarem a proposta de compra de munições pelos 27 para a guerra na Ucrânia.

O líder do PSD disse esta quinta-feira à presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, que Portugal está a usar mal os fundos do PRR.

Luís Montenegro considera que, ao contrário de outros países europeus, o Governo de António Costa usa os fundos europeus para o investimento público em vez de canalizar essas verbas para as empresas.

À saída da reunião bilateral com a presidente do executivo comunitário, à margem de uma reunião do Partido Popular Europeu (PPE) a anteceder um Conselho Europeu, Luís Montenegro explicou que canalizar os fundos europeus para as empresas “é uma aposta de futuro, é uma aposta de bem-estar. É uma aposta que visa dar mais qualidade de vida às pessoas”.

“É exatamente o contrário daquilo que está a acontecer no nosso país, nós estamos a usar os fundos europeus, quer os fundos de Coesão, quer sobretudo o PRR para alimentar as lacunas de investimento Público que marcaram os últimos sete anos. Eu também disse isso à presidente da Comissão Europeia, como disse de resto aos meus colegas no PPE”, destacou.

No dia do Conselho Europeu, Luis Montenegro diz acreditar que os estados membros vão ser unanimes em aprovarem a proposta de compra de munições pelos 27 para a guerra na Ucrânia.

“Evidentemente que num cenário de guerra, isso faz-se também através do apoio militar. E o creio que vai haver, muito provavelmente, consenso dos Estados membros. Creio que o Governo português também estará nesse consenso e nós partilhamos essa decisão”, disse o líder social-democrata.

Montenegro participou esta quinta-feira na tradicional reunião do PPE que antecede as cimeiras europeias, que contou com sete dos chefes de Estado e de Governo que participam no Conselho Europeu, outros tantos líderes partidários e da oposição, e as presidentes da Comissão, Von der Leyen, e do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, que também pertencem a esta família política de centro-direita, vencedora das eleições europeias de 2019.