Bloco de partos da Maternidade Alfredo da Costa fica aberto até setembro
23-08-2022 - 13:01
 • Celso Paiva Sol com redação

Até ao final do mês de agosto estão garantidas todas as escalas, adianta responsável do serviço de ginecologia e obstetrícia. Para setembro "ainda é possível resolvermos o problema".

Afinal o bloco de partos da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, não vai encerrar a partir desta terça-feira à noite como estava previsto.

A direção da Maternidade conseguiu os médicos suficientes para completar as escalas até ao final de agosto, adiantou esta tarde Ricardo Mira, diretor do serviço de ginecologia e obstetrícia daquela unidade, em conferência de imprensa.

"Já conseguimos dar a volta e colmatar as falhas, portanto posso garantir que, até ao final de agosto, a MAC vai estar em pleno e isto deve-se a um grande esforço dos profissionais. Através deles conseguimos colmatar as escalas."

Recorde-se que estava previsto o encerramento do bloco de partos da MAC entre as 21h e a manhã de sexta-feira. Na última madrugada foram feitos 12 partos naquela unidade.

Questionado sobre o próximo mês de setembro, Ricardo Mira adiantou que "ainda é um bocadinho precoce para falar", embora acredite que, "apesar de algumas falhas que estejam ainda por colmatar, ainda é possível resolvermos o problema".

A solução passa pelos médicos que têm menos horas extraordinárias registadas neste ano de 2022, a quem a direcção da MAC agradece o esforço que estão a fazer, entre elas a ginecologista e obstetra Teresinha Simões.

"Estamos todos, no Serviço Nacional de Saúde (SNS), em número muito inferior àquele que seria o ideal, e temos também vários profissionais já numa faixa etária acima dos 50 anos e, portanto, naturalmente, é mesmo com muito amor à camisola e muito boa vontade que continuo a fazer urgências", explicou aos jornalistas.

"É amor à camisola e a pensar nas nossas grávidas que, neste momento, se devem sentir com muita ansiedade, sem saber o que lhes vai acontecer", adianta a médica. "Efetivamente é [precisa a] contratação de mais pessoas e é criar carreiras e tornar o SNS atrativo [para os profissionais de saúde]."