O número de vítimas mortais do furacão Helene, que atingiu vários estados da costa Leste dos Estados Unidos da América (EUA) no final da semana passada, já subiu a 162 pessoas, de acordo com a "CNN". Centenas de pessoas continuam desaparecidas, e centenas de milhares ainda sofrem efeitos da passagem da tempestade, como a falta de serviços de eletricidade e de comunicação.
Segundo a "CNN", 162 pessoas morreram em seis estados diferentes: Carolina do Norte (73 mortos), Carolina do Sul (36 mortos), Geórgia (25 mortos), Flórida (17 mortos), Tennessee (9 mortos) e Virgínia (2 mortos). O número de vítimas mortais já faz deste o segundo furacão mais mortífero a atingir os estados continentais dos EUA nos últimos 50 anos - o mais mortífero foi o furacão Katrina, que matou 1.833 pessoas em 2005.
Apesar de não ter sido o primeiro estado a ser atingido pela tempestade, a Carolina do Norte é o que mais impactos sofreu. A região montanhosa no oeste do estado foi particularmente afetada pelo furacão - que já era apenas classificado como tempestade. O terreno elevado e ar mais frio da região provocou a queda de mais chuva, segundo a "Associated Press", afetando cidades construídas em vales.
Um dos condados mais afetados na Carolina do Norte conta ainda mais de 100 mil pessoas sem acesso a eletricidade. Os esforços de resgate e recuperação ainda estão a ser prejudicados por pontes encerradas, falta de eletricidade e de água, e uma "falha completa de infraestrutura", segundo um responsável da FEMA - a agência federal responsável pela gestão de emergências e catástrofes nos EUA.
A rede móvel também foi afetada em várias regiões, depois de o furacão ter derrubado várias antenas de comunicações e danificado cabos de fibra ótica.
Segundo o presidente de Canton, na Carolina do Norte, "todos os aspetos desta resposta têm sido extremamente prejudicados pela falta de comunicação por telemóvel", e os habitantes "caminham pelas ruas de Canton com os seus telemóveis no ar a tentar apanhar um sinal de telemóvel como se fosse uma borboleta".
Mais de 150 mil famílias nos seis estados afetados pediram apoio à FEMA. Os responsáveis consideram que o número vai aumentar rapidamente nos próximos dias.