A Caminha Pela Vida arrancou este sábado, em dez cidades, e Maria, de 17 anos, foi uma das estreantes no centro de Braga.
À Renascença, a jovem garantiu que esta é uma luta que “vale a pena”. “Estou aqui para lutar pela vida, sobretudo, nos dias de hoje porque há valores morais que não estão bem assentes para algumas pessoas”, justificou a jovem.
E em vésperas do parlamento voltar a apreciar a lei da eutanásia, a luta pela defesa da dignidade da vida “desde a conceção até à sua morte natural” faz “mais sentido do que nunca”, defendeu Micaela, outra das participantes da iniciativa.
“Neste momento, é extremamente importante manifestarmos este apoio à vida . Preocupa-me a aprovação de leis que atentam contra a vida humana. Estou a falar da eutanásia, mas também da lei do aborto que está em vigor”, explicou a bracarense.
“Acho que a sociedade está desperta para simplificar e fugir das suas responsabilidades”, acrescentou Nadir, companheira de caminhada de Micaela.
Para Eva Almeida, da organização do evento em Braga, “o país não tem de dar como resposta à sociedade uma cultura da morte”,
“Nem poder político nem as opções económicas estão do lado da vida e nem do lado da família”, lamentou a responsável. “Vemos uma fome desenfreada para aprovar a lei da eutanásia e já assistimos à pretensão de alargar o prazo para a realização do aborto livre”, criticou.
A Caminhada pela Vida decorreu, este sábado, em 10 capitais de distrito do país numa altura em que o parlamento se prepara para reapreciar o diploma da eutanásia.