PCP assinala 45 anos da “independência dos novos países africanos das colónias portuguesas”
03-12-2020 - 23:13
 • Lusa

A independência de Angola aconteceu em 11 de novembro de 1975, um ano depois do 25 de Abril, que derrubou o Estado Novo. 3 de dezembro, há exatamente 45 anos, assinala a data do fim da ponte aérea com Angola que retirou milhares de portugueses do país.

O secretário-geral do PCP assinalou esta quinta-feira, em Lisboa, o 45.º aniversário da “independência dos povos africanos das colónias portuguesas”, prometendo a “solidariedade dos comunistas portugueses” à “luta que travam pela prosperidade dos seus povos”.

As palavras de Jerónimo de Sousa foram produzidas esta quinta-feira, ao fim do dia, na sede do PCP do Centro Vitória, na capital portuguesa, em que estiveram presentes representantes dos partidos herdeiros dos movimentos independentistas em Angola (MPLA), Moçambique (Frelimo), Cabo Verde e Guiné Bissau, PAICV e PAIGC, e que não constava da agenda oficial do líder comunista.

“Recordamos um acontecimento particularmente marcante da história dos nossos partidos e dos nossos povos, que assinala, a par da conquista da independência pelos povos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, que foi alcançada à custa dos mais pesados sacrifícios, a aliança entre os nossos povos no combate contra o inimigo comum, o fascismo e o colonialismo português dos comunistas portugueses para com a ação e a luta que travam pela prosperidade dos seus povos e a soberania e independência dos seus países”, disse.

A independência de Angola aconteceu em 11 de novembro de 1975, um ano depois do 25 de Abril, que derrubou a ditadura do Estado Novo, e 03 de dezembro, há exatamente 45 anos, assinala a data do fim da ponte aérea com Angola que retirou milhares de portugueses do país.

Jerónimo de Sousa salientou “o orgulho” do PCP por ter sido “o único partido que, enfrentando de cabeça bem erguida a infame calúnia de ‘traição à pátria’, esteve sempre solidário com a luta libertadora dos povos das colónias portuguesas, forjando com os movimentos revolucionários de libertação africanos estreitas relações de amizade e cooperação”, que “resistiram a grandes mudanças e viragens e se prolongaram até aos nossos dias”.

Por fim, o líder comunista português pediu aos “amigos do MPLA, do PAICV, do PAIGC e da FRELIMO” que transmitam aos partidos africanos “a vontade do PCP de prosseguir com as suas tradicionais relações de amizade, e assegurar-lhes da solidariedade dos comunistas portugueses para com a ação e a luta que travam pela prosperidade dos seus povos e a soberania e independência dos seus países”.