David Justino diz que Rio venceu e “não houve facas para atirar”
27-09-2021 - 08:14
 • Marta Grosso , Miguel Coelho (entrevista)

A Renascença falou com David Justino, vice-presidente do PSD, sobre os efeitos das autárquicas no partido. "Temos tempo para falarmos uns com os outros e pensarmos o que é melhor para o PSD. E temos também de clarificar um bocadinho quais as posições que existem.”

O vice-presidente do PSD David Justino diz que quem tinha “facas afiadas” para atirar a Rui Rio teve de as deixar nas bainhas, face aos resultados das eleições Autárquicas

“Não houve facas para atirar”, diz Justino, em entrevista à Renascença, destacando que Rio saiu vencedor.

O dirigente social-democrata considera que o partido deve aproveitar o tempo até às eleições diretas no partido para dialogar com tranquilidade: “Ainda estamos a três meses e meio e estou convencido de que temos tempo para falarmos uns com os outros e pensarmos o que é melhor para o PSD. E temos também de clarificar um bocadinho quais as posições que existem.”

“Julgo que o problema que se põe agora é o Dr. Rui Rio decidir o que quer fazer. Sai reforçado nesta eleição e estou convencido de que tomará a melhor decisão para ele e para o PSD”, aponta David Justino.

No rescaldo da noite eleitoral, assume especial destaque a vitória conseguida em Lisboa, algo em que Justino diz sempre ter acreditado

“Nunca deixei de acreditar, porque quem tem conhecimento das técnicas [de sondagens] sabe que o Partido Socialista, geralmente, é favorecido e o PSD prejudicado. Essa era a minha réstia de esperança para o que se passou em Lisboa e veio a confirmar-se”, afirma o vice-presidente do partido.

Justino considera que houve “surpresa” na vitória de Carlos Moedas apenas “porque as pessoas estão condicionadas pelas sondagens”.

Carlos Moedas irá governar a capital em maioria com vereadores de esquerda, mas isso não aflige David Justino, até porque “há vários problemas para resolver e que precisam de resposta rápida”.

“Estou convencido de que Moedas vai conseguir reunir os apoios necessários para que haja uma gestão equilibrada e viável na Câmara de Lisboa”, acrescenta.