A pandemia teve "um impacto significativo no resultado" das mortes nas estradas em Portugal em 2020, ano em que as vítimas mortais diminuíram 21% em comparação com 2019, revelou no último verão o Conselho Europeu de Segurança nos Transportes.
No mesmo relatório do ETSC, sobre os dados da sinistralidade na União Europeia na última década, indica-se que morreram 495 pessoas em Portugal durante o ano de 2020 em acidentes rodoviários, uma redução de 47% comparativamente a 2010.
Segundo o documento, as mortes nas estradas portuguesas diminuíram entre 2010 e 2013, verificando-se em seguida seis anos de abrandamento. O ETSC precisa também que "a diminuição das deslocações devido à pandemia de covid-19 é a principal causa da quebra de 17% das mortes nas estradas no ano passado na União Europeia".
O diretor-executivo do ETSC, o italiano António Avenoso, considerou a segurança rodoviária "uma questão de saúde pública" e alertou para "uma década de quebra de regras e excessos", depois de meses de confinamentos e de obedecer a regras restritivas.
"A pandemia matou 5 milhões de pessoas em todo o mundo. Na última década, pelo menos 13 milhões morreram nas estradas em todo o mundo. A extraordinária resposta à pandemia de covid-19 mostrou como os decisores políticos e a sociedade podem agir quando a maioria das pessoas está a trabalhar para um objetivo comum", foi a resposta de António Avenoso, quando questionando se é possível "aplicar o mesmo foco aos desafios da segurança nas estradas".
E onde é que o futuro da mobilidade urbana faz a interseção com a segurança rodoviária? É uma das várias questões para o Eng. Mario Alves, especialista em transportes e mobilidade, fundador da MUBI; presidente da Estrada Viva - rede de associações - que assegura todos os anos a celebração do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada.
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