Fuzileiros rumo à Lituânia para inativação de explosivos e manobras de anfíbios
01-06-2022 - 07:00
 • Liliana Monteiro

Força de Fuzileiros parte esta quarta-feira para a Lituânia, pela quarta vez. São 146 homens e 26 viaturas, numa missão no âmbito da NATO como medida de tranquilização no flanco leste da Aliança. Uma das valências será a inativação de engenhos explosivos, guerra de minas e apoio a operações anfíbias.

Portugal projeta pela quarta vez uma força de Fuzileiros para a Lituânia. São146 homens e 26 viaturas, que seguiram já num navio fretado com veículos táticos ligeiros, médios e pesados, segundo avança à Renascença o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), sem dar pormenores sobre as viaturas.

A força de fuzileiros, enviada por três meses, ficará baseada numa cidade a 1.800 quilómteros de Kieve. Desta vez, apoiada por uma equipa de seis mergulhadores, com valências de inativação de engenhos explosivos e minas, com capacidade de apoio a operações anfíbias e ainda com um elemento das Operações Especiais, revelou já a Marinha.

O objetivo da missão é desenvolver operações de dissuasão direta ou indireta em particular aos Países Bálticos, como resposta da Aliança face a potenciais ameaças à Europa.

Na hora da partida, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, destacou que Portugal continua a trabalhar pró-activamente para a segurança da Europa, enquanto o Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Malo, apelou aos seus homens: "Sejam corajosos, curiosos, sejam Marinha."

“A FFZ LTU é uma Força Nacional composta pela Força de Fuzileiros Nº2, reforçada por uma equipa de mergulhadores-sapadores, com valências de Clearance Diving Team (CDT), Explosive Ordnance Disposal (EOD) e Autonomous Underwater Vehicle (AUV); e um Elemento de Operações Especiais - Special Operations Maritime Task Unit (SOMTU)”.

Os Fuzileiros são caraterizados como uma força anfíbia ligeira, por vir do mar para terra, assegurando uma elevada flexibilidade e mobilidade, com recurso a viaturas de todo-o-terreno, equipadas com sistemas de armas, que garantem capacidade de combate. Fazem parte das Forças Especiais da Marinha Portuguesa e cumprem missões que obrigam a uma prontidão operacional permanente.

A Força de Fuzileiros leva o Estandarte Nacional que recebeu no passado dia 17 de maio, numa cerimónia militar, presidida pelo Chefe do Estado Maior da Armada, o Almirante Henrique Gouveia e Melo.

Com a partida destes 146 elementos Portugal terá projetados em simultâneo 1.070 militares (990 em Forças Nacionais Destacadas e 80 em Cooperação no Domínio da Defesa) em quatro continentes.