Em Maio, a UBI - Universidade da Beira Interior assinalou a Bênção dos Finalistas e das suas Pastas com a primeira cerimónia ecuménica do género em Portugal. O evento, que marcou simbolicamente a conclusão do curso de quase 900 estudantes, deixou de ser uma festa exclusivamente católica, para incluir outros credos religiosos. Passado quase um mês da iniciativa, D. Manuel Felício garante ter tido um eco positivo e afirma que o diálogo ecuménico é para manter.
Um ato simbólico que a diocese da Guarda quer ver alargado a todas as crenças religiosas.
“Foi uma celebração da palavra em que foram benzidos os finalistas, invocada a oração sobre eles, e depois a oração de compromisso, as pastas foram benzidas com água benta e depois decorreu a celebração da eucaristia. Dez mil pessoas, é uma multidão para congregar em torno da eucaristia e do mistério da fé, já existem muitos fatores de dispersão, enquanto a celebração da palavra é muito mais aberto e transversal aos interesses de todos os que ali estão”, refere o prelado acrescentando que “em Viseu também já não há celebração da eucaristia, mas há celebração da palavra”.
O objetivo é criar um espaço de integração de todas as pessoas e culturas, durante a cerimónia que congrega um número elevado de estudantes.
“A capelania da UBI, uma iniciativa da diocese, tomou a iniciativa da celebração ecuménica, e entendeu-se convidar diversas expressões cristãs, diferentes da católica, para tomarem parte. Foi uma iniciativa este ano, da capelania da UBI, uma criação da Diocese da Guarda. Isto tem a vantagem o diálogo ecuménico está recomendadíssimo na Igreja, e isso significa a cooperação entre várias comunidades de fé não inteiramente sob a mesma tutela, mas há muito em comum que temos de valorizar“, considera D. Manuel Felício.
O Bispo da Guarda garante que o diálogo ecuménico é para manter, afirmando que não o repugna, se a iniciativa deste ano da cerimónia ecuménica da UBI se voltar realizar em 2019. “Não me repugna que no próximo ano voltemos a ter exatamente esta mesma celebração ecuménica com os mesmos convidados, de outras comunidades e logo a seguir tenhamos a eucaristia, não me repugna nada”, conclui.