Passaporte Covid “não impede que um alemão infete pessoas no Algarve”
17-03-2021 - 09:36
 • Marta Grosso , Anabela Góis

Henrique Raposo sempre se disse defensor da normalidade, mas discorda da medida que a Comissão Europeia se prepara para aprovar, com vista a impor o certificado europeu de vacinação – uma espécie de “passaporte Covid-19”.

“Nesta volta final não podemos cometer erros de sinal contrário” à liberdade, defende o comentador d’As Três da Manhã.

Henrique Raposo teme que, se a medida avançar, se torne impossível estancar, sendo certo, na sua opinião, que irá criar divisões várias, a começar por duas classes de cidadãos: os puros e os impuros.

Além disso, Henrique Raposo chama a atenção para o facto de as vacinas contra a Covid-19 não impedirem a transmissão do vírus, ao contrário, por exemplo, da vacina contra o sarampo.

“Alega-se que a pessoa vacinada pode viajar porque não vai contaminar os outros países. Está errado. Estamos a funcionar numa lógica de placebo. Funciona para a pessoa, mas não impede que um alemão que venha para o Algarve infete outras pessoas”, sublinha.

O comentador questiona-se ainda sobre como seria se a pandemia da SIDA acontecesse hoje.