Linhas vermelhas. INSA prevê absentismo escolar e laboral elevado nas próximas semanas
11-02-2022 - 22:15
 • Renascença

Relatório semanal de monitorização da pandemia revela que o R(t) apresenta um valor inferior a 1 a nível nacional (0,88) e em todas as regiões. O mesmo acontece com a incidência. Já a proporção de testes positivos está nos 18,3%, com tendência crescente.

O relatório de monitorização semanal da pandemia da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Ricardo Jorge (INSA) diz ser "expectável que o impacto na sociedade em termos de absentismo escolar e laboral, em todo o sistema de saúde e na mortalidade, se mantenham elevados nas próximas semanas".

A partir da análise dos diferentes indicadores, o balanço semanal da Covid-19 em Portugal revela uma atividade epidémica "de intensidade muito elevada, com tendência decrescente em todas as regiões", mas com uma pressão nos serviços de saúde e um impacto na mortalidade "ainda elevados".

Neste quadro, os especialistas recomendam "a manutenção das medidas de proteção individual e a intensificação da vacinação de reforço".

O relatório conjunto da DGS e do INSA indica, ainda que "os cidadãos com um esquema vacinal completo tiveram um risco de internamento duas a cinco vezes menor do que os cidadãos não vacinados, entre o total de pessoas infetadas em novembro. Os cidadãos com um esquema vacinal completo tiveram um risco de morte três a seis vezes menor do que os não vacinadas, entre o total de infetadas em dezembro. Na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por Covid-19 para quase seis vezes em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo.

Ómicron mantém-se dominante

O grupo das linhas vermelhas confirma, também que a linhagem BA.1 da variante Omicron é dominante em Portugal, "tendo registado uma frequência relativa acima de 90% nas últimas semanas".

Contudo, a frequência relativa "tem vindo a decrescer gradualmente, em particular na última semana, estimando-se um valor de 83,8% à data de 10 de fevereiro de 2022. Os dados em apuramento sugerem que esse decrécimo seja devido ao progressivo aumento de circulação da linhagem BA.2 da variante Omicron".

A curva da mortalidade específica Covid-19 está nos 62,9 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes, apresentando "tendência crescente".

No entanto, "este valor corresponde a uma classificação do impacto da pandemia como muito elevado", indica o relatório