​O hóquei em patins voltou
15-07-2019 - 06:25

Dezasseis anos depois, Portugal voltou a sagrar-se Campeão do Mundo de Hóquei em Patins.

As felicitações choveram de imediato de todos os lados, os responsáveis políticos (Presidente da República, Primeiro-ministro e afins) aproveitaram a embalagem, ficando assim reunidas todas as condições para que logo, ao começo da noite, possamos assistir a uma grande festa a partir do aeroporto de Lisboa.

Dezasseis anos depois, Portugal voltou a sagrar-se Campeão do Mundo de Hóquei em Patins, juntando a isso a curiosa coincidência de terem passado 20 anos sobre o desaparecimento de um dos nomes mais fortes de sempre, em Portugal. Referimo-nos, claro, a António Livramento, uma das maiores figuras de sempre da modalidade.

Mas, se recuarmos à década de cinquenta do século passado, em que Portugal começou a mostrar-se ao mundo, desfilam nas nossas memórias nomes inesquecíveis como Jesus Correia, Correia dos Santos, Raio, Fernando Adrião, e tantos outros merecedores de fazerem parte de uma galeria de notáveis que os portugueses recordam agradecidos.

Praticado em cerca de 60 nações, o hóquei em patins tem expressão maior nos países latinos como Portugal, Espanha, Itália e Argentina, curiosamente as seleções que atingiram o ponto culminante do mundial ontem encerrado em Barcelona, e que se constituíram como os nossos principais e mais fortes adversários.

Para chegar à sofrida vitória deste domingo, a nossa seleção teve deixar de pelo caminho os demais três parceiros do topo, que não resistiram à melhor qualidade e à maior valentia do cinco lusitano, chegando assim à sua 16ª vitória, contra 17 da Espanha, e quebrando um longo jejum de 16 anos. O último triunfo acontecera em 2003, em Oliveira de Azeméis.

E ainda que todo o grupo seja merecedor de todos os encómios, parece ser justo fazer um destaque ao guarda-redes Girão, o herói do Palau Blau Grana, capaz de garantir, com um feixe de soberbas defesas, a inviolabilidade do último bastião lusitano.