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Luís Filipe Vieira lança o desafio ao FC Porto para apostar nos campeões que está a formar. Em entrevista à Renascença, no âmbito de uma reportagem sobre a formação do Benfica, o dirigente encarnado fala da estratégia que montou com o intuito de abastecer a primeira equipa com jogadores formados no Seixal.
Vieira anota que o mesmo não se passa no FC Porto e considera que "o investimento [na formação] feito por determinados clubes não faz sentido se os jogadores não tiverem acesso a competir nas suas equipas". "Um desses clubes ganhou, recentemente, a Youth League", diz o presidente encarnado, numa referência aos dragões.
Vieira gostaria de ver "a estratégia do Benfica replicada pelos outros clubes portugueses" e considera que o sucesso financeiro e desportivo passa por aí.
É preciso coragem
"Às vezes é preciso ter coragem", desafia, usando Rúben Dias como exemplo. "Na altura, estávamos para comprar um central e alguém disse que não era preciso, porque tínhamos centrais em casa", recorda.
"O Rúben teve oportunidade de ser lançado, não entrou logo, mas quando entrou, acabou. Hoje é titular indiscutível do Benfica, da seleção e é uma referência de centrais na Europa. Não falo só no Benfica, mas noutros clubes também. É preciso deixá-los competir", acrescenta.
Apelo à Liga e à Federação
O presidente do Benfica defende que "é o futebol português que está em causa" e apela a Liga e a Federação a rever a repensar a regra dos empréstimos. "Não podemos proibir os atletas de competir em Portugal. Temos de criar condições para os jovens aparecerem noutros clubes. Os empréstimos são necessários. As equipas em Portugal precisam de ter uma postura séria na Europa e pode passar muito por estes jovens".