​Marcha atrás
09-07-2018 - 06:15

O Sporting não para de ser notícia e nem sempre, como já há muito nos habituou, pelas melhores razões.

Numa altura em que a Comissão de Gestão e a Administração da SAD através de um trabalho notável se batem pelo regresso de alguns jogadores que entretanto haviam rescindido com o Clube por motivos sobejamente conhecidos e dissecados, e quando começava a ficar a ideia de que seria possível haver marcha atrás de alguns deles, surge uma contrariedade que pode operar uma reviravolta no processo.

Referimo-nos ao anúncio feito no último sábado pelo destituído presidente de que é sua intenção apresentar-se de novo a sufrágio para assim tentar recuperar o lugar que foi seu durante cinco anos consecutivos, mas que acabar por atirar borda fora da maneira mais desastrada possível.

O presidente destituído deve a si próprio a responsabilidade do desastre em que esteve envolvido.

Mais de setenta por cento dos sócios do Sporting disseram claramente não à sua continuidade, pelo que se torna muito difícil perceber a decisão de voltar à cadeira a que renunciou voluntariamente.

Não parece muito provável que tenha sucesso. É verdade que as massas são muitas vezes volúveis, mas do caso presente ficaram lições que certamente não vão ser esquecidas.

Ou seja, os sócios leoninos disseram, sem hesitar, que pretendem um futuro em tudo diferente do passado recente que para desgraça sua lhes bateu à porta.

Daí que pareça impossível uma manhã de nevoeiro que faça regressar o “rei” que abdicou do trono.