Dicas para quem está a pensar comprar carro
03-09-2016 - 14:46

Todas as semanas, a Renascença e a Deco dão-lhe dicas e conselhos práticos sobre situações do dia-a-dia. Se tem alguma sugestão ou gostaria de ver algum assunto esclarecido escreva para online@rr.pt

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Se está a pensar comprar um automóvel, há vários aspectos a ter em atenção para que o fardo não fique pesado demais e para não ir além das possibilidades que as finanças domésticas de cada um permitem. Existem várias modalidades de crédito e truques para baixar custos.

Cuidados no recurso no crédito ao consumo – comprar um automóvel

A decisão de adquirir um carro só deve ser tomada depois de ponderar o seu custo no orçamento familiar. Deve ter em conta que para além do preço de compra, existem encargos com a sua manutenção que podem também vir a pesar nas despesas familiares.

O carro pode ser pago a pronto pagamento ou com recurso ao crédito. Se decidir contratar um crédito para comprar um carro, faça bem as suas contas primeiro: o total das dívidas não deve ultrapassar 35% do rendimento mensal líquido. Se possível junte uma boa parte do dinheiro antes de avançar com o empréstimo. Além de reduzir o seu nível de endividamento, poderá obter condições de financiamento mais vantajosas.

Existem várias modalidades de crédito automóvel

O financiamento automóvel tem 3 modalidades: o crédito, o aluguer de longa duração e o leasing/locação financeira. Ainda antes de optar por uma delas, tem todo o interesse em negociar uma taxa de juro atrativa com o maior número de bancos possível, a começar por aquele em que tiver maior envolvimento.

Como escolher o crédito ao consumo?

Para escolher a melhor proposta, não se esqueça de utilizar a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG), no crédito ao consumo, no caso da compra de automóvel, como principal indicador comparativo e a taxa anual efetiva (TAE), no crédito à habitação, e a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG).

Sempre que o orçamento familiar permita, amortize (mesmo que parcialmente) o crédito. Assim, pagará menos juros. Mas tenha em conta eventuais penalizações bancárias.

Nos créditos pessoais contratados depois de 1 de julho de 2009, não há penalização se tiver taxa variável. Já nos de taxa fixa está fixada em 0,5%, se faltar mais de 1 ano para terminar o contrato, e em 0,25%, se faltarem menos de 12 meses. Nos empréstimos anteriores a julho de 2009, vigora a penalização indicada no contrato.

Truques para baixar os custos

Nem sempre o ALD e o leasing ficam mais baratos do que o crédi­to. O seguro de danos próprios, que aconselhamos até aos 4 anos do carro, é obrigatório nas primeiras modalidades. Se não tiver interesse, o crédito pode ficar mais barato.

As taxas máximas que as instituições anunciam podem baixar com negociação. Comece por esgrimir argumentos junto do seu banco. Anti­guidade, historial de bom cliente e produtos ou serviços contratados: use-os a seu favor. Se necessário, peça simulações noutras insti­tuições e apresente-as como trunfo. Se não conseguir baixar a taxa, considere contratar um crédito pes­soal. Por vezes, têm taxas competitivas.