Madeira. A maioria dos infetados e internados com Covid-19 não são vacinados
21-11-2021 - 19:00
 • Maria João Costa , João Carlos Malta

Mais de duas mil pessoas foram vacinadas no arquipélago nos últimos quatro dias.

O secretário regional da Saúde da Madeira, Pedro Ramos, avança que 60% dos infectados e internados com Covid-19 não estavam vacinados.

Depois de anunciadas as novas medidas pelo governo regional, só nos últimos quatro dias foram vacinados com a primeira dose contra a covid-19 cerca de 2.560 pessoas.

Os restantes 40% são de vacinados "com comorbilidades". "Devem ser protegidos por todos os que os rodeiam, família e sociedade", pediu o secretário regional da Saúde da Madeira.

Pedro Ramos fala em adesão de quem percebeu e compreendeu a mensagem. "Todos são necessários para controlar esta pandemia", disse o governante. "Não queremos ter a pandemia dos não vacinados como na América, e alguns países europeus como a Áustria, a Alemanha, a Holanda", acrescentou.

Em relação às crianças, Ramos disse que estão a ser afetadas, e que está a espera da decisão da Agência Europeia do Medicamento para avançar com a vacinação dos menores. São as crianças entre os cinco e os 11 anos, que representam 24.248 cidadãos da Madeira.

Os recintos públicos e privados da Madeira passaram no sábado a ser acessíveis apenas com certificado de vacinação contra a Covid-19 ou teste antigénio, mas daqui a uma semana o acesso à maioria dos espaços requer ambos os comprovativos.

A obrigatoriedade de apresentação de um dos dois documentos aplica-se desde as 00:00 de hoje e envolve a possibilidade de os cidadãos realizarem testes rápidos gratuitos de sete em sete dias (período durante o qual os resultados são considerados válidos).

Contudo, a partir das 00h00 do dia 27 (sábado da próxima semana), a apresentação de apenas um dos comprovativos (vacinação ou teste rápido) mantém-se apenas para aceder a supermercados e mercearias, transportes públicos, farmácias e clínicas, igrejas e outros locais de culto, e para realizar atos urgentes relativos à Justiça e recorrer a outros serviços essenciais.

A Iniciativa Liberal em comunicado defende que as medidas tomadas pelo Governo Regional da Madeira configuram abuso de poder, e apela ao PSD nacional para tomar posição sobre o assunto.