SEF. Sindicato promete manter luta para garantir um serviço independente
04-06-2021 - 12:33
 • Olímpia Mairos

Os dois sindicatos dos inspetores do SEF reúnem-se esta sexta-feira com o ministro da Administração da Interna para analisar o estatuto destes profissionais no quadro da reestruturação do SEF.

O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF), Acácio Pereira, esteve reunido esta sexta-feira com o ministro da Administração Interna.

À saída da reunião, o responsável acusou Eduardo Cabrita de ter apresentado “um documento com três pontos, três alíneas, sem o mínimo enquadramento legal, sem nenhum diploma complementar, um diploma vago”.

“Naturalmente que nós não aceitamos isto como negociação, não aceitamos isto como uma alteração à estrutura do SEF e o que nós dizemos muito claramente é que somos frontalmente contra qualquer alteração que passe pela extinção do SEF”, afirmou Acácio Pereira.

O presidente do SCIF-SEF refere ainda que Eduardo Cabrita “insiste em soluções” que não percebem, considerando que “são soluções que não são claras”.

“Isto não é negociação, isto não diz nada, absolutamente nada. Nós vamos analisar ponderadamente o que vamos fazer, mas naturalmente vamos reagir a esta situação e vamos reagir adequadamente”, adiantou.

O presidente do SCIF-SEF deixa assim aberta a porta a futuras greves.

“O senhor ministro não contará com o nosso apoio. Nós lutaremos até onde nos for possível e temos a vontade de ir muito longe para garantir um serviço independente, um serviço de estrangeiros e fronteiras que continue a garantir a segurança dos portugueses e a segurança dos cidadãos da União Europeia”.

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF foi o primeiro a reunir-se com o ministro da Administração Interna, depois das 10h00. O Sindicato dos Inspetores de Investigação Fiscalização e Fronteiras tinha uma reunião agendada para as 11h00 com o mesmo governante.

Foi esta última força sindical que marcou um ciclo de greves para o mês de junho. O Governo decretou requisição civil, mas o Supremo Tribunal Administrativo veio considerar que se tratava de uma ação ilegal, após providência cautelar apresentada pela estrutura.