Papa recorda pessoas injustamente retidas no estrangeiro
19-09-2021 - 11:42
 • Filipe d'Avillez

Francisco rezou ainda pelas vítimas mortais de uma inundação num hospital no México e explicou que o valor das pessoas não está no dinheiro, mas no serviço.

encontram retidas em países estrangeiros, pedindo que possam resolver-se as questões jurídicas que permitam o seu regresso aos seus países.

“Desejo assegurar a minha oração pelas pessoas injustamente retidas em países estrangeiros. Infelizmente, há vários casos, com causas diversas e, por vezes, complexas. Espero que, no devido cumprimento da justiça, estas pessoas possam rapidamente regressar à pátria”, disse.

Nas palavras que proferiu depois da oração do Angelus, em Roma, Francisco quis ainda expressar a sua solidariedade com todas as vítimas das cheias que atingiram o México, nos últimos dias.

Em particular, o Papa lembrou as 17 vítimas mortais da inundação que se verificou num hospital em Tula, no estado de Hidalgo, depois de um rio ter galgado as margens.

“Valor das pessoas não depende do dinheiro”

O Papa Francisco recordou este domingo que o valor das pessoas não depende dos seus bens materiais, nem da sua importância social, mas de quanto servem os seus próximos.

Refletindo sobre a passagem do Evangelho em que Jesus repreende os seus apóstolos por estarem a discutir entre eles sobre quem é o maior, o Papa sublinhou a forma como Jesus vira ao contrário os conceitos dominantes de grandeza dizendo que quem ser o maior de entre eles devia ser o mais pequeno, servindo os restantes.

“Com esta frase chocante o Senhor inaugura uma inversão: subverte os critérios daquilo que realmente importa. O valor de uma pessoa já não depende do papel que desempenha, do trabalho que fazem, do dinheiro que têm no banco. Não, a grandeza e o sucesso, aos olhos de Deus, medem-se de forma diferente: medem-se pelo serviço. Não por aquilo que alguém tem, mas pelo que alguém dá”.

“Queres ser o primeiro? Serve”, disse Francisco durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, em Roma.

Mas este serviço, acrescentou o Papa, não deve ser apenas a amigos e família. “Aqueles que devemos servir acima de tudo são os que precisam de receber mas nada podem dar em troca. Ao acolher aqueles que estão nas margens, os negligenciados, acolhemos Jesus, porque Ele está ali. E nos pequeninos, nos pobres a quem servimos, recebemos também o terno abraço de Deus”.