Djokovic retido à entrada da Austrália por problemas com o visto
05-01-2022 - 16:14
 • Renascença com Lusa

Tenista sérvio vai disputar o Open da Austrália com "isenção médica" da obrigação de estar vacinado contra a Covid-19.

Novak Djokovic viu travada a sua entrada na Austrália, esta quarta-feira, alegadamente por problemas burocráticos com o visto com o qual se apresentou no aeroporto de Melbourne.

O tenista sérvio, que viajou para disputar o Open da Austrália, beneficiando de uma "exceção médica" que o isenta da obrigação de estar vacinado contra a Covid-19, está retido na capital, supostamente porque o tipo de visto solicitado não contempla isenções médicas.

Segundo os media australianos, o número um do ténis mundial não terá preenchido o formulário correto para o tipo de visto que solicitou.

Segundo o jornal "The Australian", Djokovic está a tentar entrar no país com um visto de trabalho, que "exigia a concordância do governo do estado de Vitória", de que Melbourne é a capital.

A ministra de Estado de Victoria, Jaala Pulford, disse no Twitter que as autoridades que representa se recusaram a apoiar o pedido de visto com a dita exceção médica.

“O governo federal questionou se vamos apoiar o pedido de visto do Novak Djokovic para disputar o Open da Austrália e não o vamos fazer. Sempre dissemos que os vistos são uma questão do governo e que as isenções médicas são da responsabilidade dos médicos”, esclareceu.

O jornal "The Age" noticia que a equipa do sérvio tinha pedido "o tipo errado de visto", mas que, ainda assim, teria permissão para sair do avião e que esta situação apenas atrasaria a sua entrada no país.

Por sua vez, a ministra de assuntos internos, Karen Andrews, disse, em comunicado, que “qualquer indivíduo que pretenda entrar na Austrália deve cumprir rígidos requisitos de fronteira”.

Na terça-feira, Djokovic anunciou a sua partida para a Austrália para disputar o primeiro Major do ano, que decorre entre 17 e 30 de janeiro, graças à obtenção da dita exceção médica, cujos motivos de atribuição nunca foram explicados. Algo que provocou fortes críticas em todo o país, desde os media ao mundo político e comunidade desportiva.

O caso chegou ao primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, que garantiu que seriam exigidas explicações sobre a “isenção médica” para entrar no país sem provar o seu status de vacinação, sob pena de Djokovic ser mandado "para casa no primeiro avião".

O diretor do torneio, Craig Tiley, também pediu a Novak Djokovic que revelasse o motivo da sua exceção. Porém, sublinhou que "ninguém está ou irá receber tratamento especial por causa de quem são ou do que conseguiram profissionalmente".