“A internet pode ser um lugar tóxico para as mulheres”, diz Amnistia Internacional
20-11-2017 - 07:54

Stress, ataques de pânico e baixa auto-estima são algumas dos efeitos sentidos pelas mulheres inquiridas numa sondagem realizada em oito países, depois de serem confrontadas com abusos online.

Um novo estudo promovido pela Amnistia Internacional revela que 23% das mulheres já foram assediadas ou vítimas de abuso online ou nas redes sociais. 41% delas afirmam que, pelo menos uma vez, se sentiram ameaçadas.

Os números resultam de uma sondagem internacional realizada em oito países: Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Itália, Nova Zelândia, Polónia, Reino Unido e Suécia.

No total, foram inquiridas 4.000 mulheres entre os 18 e os 55 anos, das quais 911 declararam ter sido visadas com abusos ou assédio online e 688 afirmaram ter passado por tal experiência em redes sociais.

Stress, ataques de pânico, ansiedade e baixa auto-estima são algumas das consequências descritas pelas vítimas, sendo que 76% das mulheres afirmam ter mudado a forma como utilizam as redes sociais.

As conclusões são “alarmantes”, afirma a Amnistia Internacional.

“A internet pode ser um lugar tóxico e medonho para as mulheres. Toda a gente sabe que a misoginia e os abusos estão a crescer nas redes sociais, mas esta sondagem mostra o quão prejudiciais podem ser as consequências das mulheres visadas”, escreve a organização de direitos humanos no comunicado de imprensa.