José Soares torce o nariz. "Não vejo Salvio com características de lateral"
01-08-2018 - 12:56

Antigo central do Benfica analisa em Bola Branca a necessidade de um lateral-direito, a posição "8" e a prestação dos guarda-redes.

José Soares, antigo central do Benfica, reconhece a necessidade dos encarnados em contratar mais um lateral-direito já que, apesar de haver histórico de extremos que deram bons laterais nas águias, não vê Eduardo Salvio “com características de lateral”.

“Sinceramente não vejo o Salvio com grandes características de lateral. Em termos ofensivos é um jogador muito rápido e gosta de espaço à sua frente, nisso faz sentido. Agora, um lateral direito não é só isso, um lateral-direito é fechar no meio, é defender”, comenta, em declarações a Bola Branca, na sequência do alarme despoletado na Luz com a lesão grave de Tyronne Ebuehi.

Salvio, durante o Mundial 2018, foi aposta do selecionador argentino como lateral-direito em duas partidas e, por isso, o antigo defesa do Benfica admite que essa poderá ser uma das soluções que “passa pela cabeça” de Rui Vitória.

Maxi e Miguel são boas referências

O Benfica tem na sua história dois extremos que se adaptaram bem a laterais por terem características especificas, as quais José Soares não vê no extremo argentino.

“Miguel foi fantástico, e o Maxi [Pereira] também. Fizeram os dois história. O Miguel no Benfica e em Espanha [no Valência], e o Maxi fez uma carreira fantástica no Benfica. Mas para isso é preciso ter um certo tipo de características, que acho que o Salvio não tem”, considera o antigo central de 42 anos.

Outras lacunas no plantel e o crescimento dos guarda-redes

Apesar de no último jogo do Benfica Rui Vitória ter garantido que a composição do plantel “está completamente arrumada”, José Soares vê pelo menos duas posições que precisam de reforços. Para além de um lateral-direito, os encarnados têm lacunas “na posição '8', onde o Pizzi joga”.

Quando à indefinição na baliza benfiquista, José Soares realça que o problema de saírem “guarda-redes fantásticos é que depois comparamos sempre com os que chegam”.

Por isso, é preciso “deixar crescer” os guarda-redes que as águias têm “até se tornarem fantásticos”.