Mais de dois milhões sem certificado de vacinação com dose de reforço
12-01-2022 - 08:01
 • Renascença com Lusa

Cerca de 13,7 milhões de certificados digitais já foram emitidos em Portugal.

Mais de dois milhões de portugueses ainda não têm o certificado de vacinação com a dose de reforço, numa altura em que há queixas sobre as dificuldades para obter o documento atualizado.

Segundo os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, foram apenas disponibilizados cerca de 600 mil certificados digitais de um universo de três milhões de pessoas que já receberam esta dose extra.

A tutela lembra que a informação sobre a dose de reforço só está disponível no certificado 14 dias após a sua administração, razão pela qual só após este período deverá ser solicitado o documento atualizado através da aplicação móvel SNS 24 ou do portal do SNS 24.

No total, mais de 13,7 milhões de certificados digitais já foram emitidos em Portugal, a grande maioria a atestar a vacinação contra a Covid-19.

“Em Portugal foram já emitidos cerca de 13.750.000 certificados, dos quais cerca de 450.000 são certificados de recuperação [da infeção], 1.200.000 são certificados de testagem com resultado negativo e aproximadamente 12.100.000 correspondem a certificados de vacinação”, adiantaram os SPMS à Lusa.

Estes certificados começaram a ser emitidos em Portugal em 16 de junho de 2021 e entraram em vigor em toda a União Europeia em 1 de julho, com o objetivo de facilitar a livre circulação dos cidadãos nos Estados-membros de forma segura durante a pandemia.

O documento é obrigatório para entrar em restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local, espetáculos culturais, eventos com lugares marcados e ginásios.

A Covid-19 provocou 5.494.101 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.161 pessoas e foram contabilizados 1.693.398 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.