Donald Trump vai mesmo nomear a juíza Amy Coney Barrett para o Supremo Tribunal, diz a CNN, citando fontes do Partido Republicano.
O anúncio formal vai ser feito no sábado de manhã, hora americana, mas segundo as fontes do seu partido, Trump já terá decidido escolher a candidata Barrett em vez da juíza Barbara Lagoa.
Tanto Barrett como Lagoa são conservadoras e católicas praticantes, mas em matéria de assuntos morais e temas fraturantes como o aborto e os chamados direitos homossexuais, Coney Barrett é considerada mais em linha com os valores tradicionais.
Dada a maioria do Partido Republicano no Senado, após a nomeação a candidata escolhida deverá ter caminho aberto até à confirmação, que se deverá realizar antes das eleições presidenciais de 3 de novembro.
Barrett tem 48 anos, é casada e tem sete filhos.
A confirmar-se a notícia da CNN Coney Barrett substituirá no Tribunal a juíza progressista Ruth Bader Ginsburg, que morreu na passada sexta-feira aos 87 anos de idade, vítima de cancro.
Ginsburg era a porta-estandarte da ala liberal do tribunal e, caso seja mesmo substituída por uma juíza conservadora o tribunal passará a ficar com uma sólida maioria conservadora de seis para três liberais.
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos é um órgão extremamente importante do ponto de vista político, uma vez que em várias ocasiões acaba por funcionar como um corpo legislativo. Foi por decisões do Supremo que o aborto foi legalizado a pedido em todo o país, na década de 70 e, mais recentemente, outra decisão obrigou à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo a nível federal.
As nomeações para o tribunal são sempre assuntos polémicos e políticos, especialmente porque são vitalícias. Enquanto Barack Obama fez duas nomeações em oito anos na Presidência, Donald Trump já fez duas, e poderá agora fazer a terceira, em apenas quatro, o que seria uma enorme vitória para os republicanos.
[Notícia atualizada às 22h17 de 26 de setembro]