Joana Marques Vidal defende que as personalidades escolhidas para procurador-geral da República deviam passar por uma audição pública na Assembleia da República.
A atual procuradora, que vai ser substituída por Lucília Gago, falava esta terça-feira numa conferência sobre o Futuro da Justiça, no Grémio Literário, em Lisboa.
"Este modelo parece-me equilibrado. Há quem defenda uma intervenção do Parlamento mesmo no processo de nomeação ou na proposta dos nomes a nomear. Penso que, mantendo-se este modelo, a intervenção do Parlamento podia-se consubstanciar na audição pública da pessoa indicada, uma audição sobre o que pensa do cargo”, afirma Joana Marques Vidal.
A procuradora-geral cessante considera que esta audição pública “poderia proporcionar uma maior transparência e um conhecimento [público] da conceção das pessoas indicadas".