Marcelo assina decreto de luto nacional pela morte de Jorge Sampaio
10-09-2021 - 15:48
 • Renascença

Bandeira Nacional deve ser içada a meia-haste em todos os edifícios públicos e serão "cancelados ou adiados os eventos organizados ou promovidos por entidades ligadas ao Estado".

Veja também:


O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, assinou o decreto que fixa luto nacional por três dias pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio.

Portugal vai estar em luto nacional de 11 a 13 de setembro, no sábado, domingo e segunda-feira, indica um comunicado publicado no site da Presidência República.

"O luto nacional implica que a Bandeira Nacional deve ser içada a meia-haste em todos os edifícios públicos", refere a nota do Palácio de Belém.

Devem também ser "cancelados ou adiados os eventos organizados ou promovidos por entidades ligadas ao Estado", sublinha a Presidência da República.

“Nasceu para ser um lutador e a causa da sua luta foi uma: a liberdade na igualdade”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa numa comunicação ao país, nesta sexta-feira, dia em que morreu Jorge Sampaio.


“Lutado, mas serenamente nos deixou, como sereno foi o seu testemunho de vida ao serviço da liberdade e da igualdade; como sereno foi na sua luminosa inteligência, na sua profunda sensibilidade, na sua paciente mas porfiada coragem”, afirmou o chefe de Estado.

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.


Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Durante o seu segundo mandato, em 2003, organizou a primeira reunião do "Grupo de Arraiolos", constituído por chefes de Estado da UE sem funções executivas.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.