Pence veio redefinir relações EUA-UE
21-02-2017 - 10:30
 • Manuela Pires

Os jornais dão conta esta manhã da visita do vice-presidente dos Estados Unidos às instituições europeias.

Mike Pence esteve ontem em Bruxelas e o El Mundo diz que, depois de três meses e choques e desencontros por causa das provocações de Donald Trump, os Estados Unidos e a União Europeia enterram o machado de guerra. Mike Pence chegou a Bruxelas com uma mensagem de cordialidade, entendimento e cooperação e garantiu que o compromisso dos Estados Unidos com a União Europeia é firme e duradouro. Entre ambos existe uma herança comum e um compromisso de paz. Mike Pence fez estas declarações ao lado de Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu, que foi o único em Bruxelas que enfrentou a Administração Trump, dizendo que era “uma ameaça para a União Europeia”.

O jornal francês Le Monde dá conta da cimeira a 4 marcada para o dia 6 de Março em Versailles, que vai juntar a França, a Alemanha, a Itália e Espanha. Diz o jornal que a ideia de uma União Europeia de geometria variável faz o seu caminho, uma união a várias velocidades, e que a Cimeira tem um formato inédito porque normalmente quando os dirigentes não se entendem eles tentam fazer parcerias a dois.

Na agenda vai estar a preparação da Cimeira de Roma a 25 de Março, e o relançamento de um projecto comum perante a saída do Reino Unido e a instabilidade gerada pela presidência de Donald Trump.

No El Pais, notícias sobre a Grécia. Atenas conseguiu ganhar tempo à espera de um acordo definitivo. As instituições vão regressar ao país na próxima semana, mas a revisão do plano do resgate continua ainda bloqueada.

Ontem foi assumido um compromisso entre os credores e a Grécia, mas isso apenas significa o regresso das equipas técnicas para discutir a segunda revisão do terceiro resgate, de 86 milhões de euros em três anos. Uma verba que está bloqueada desde Dezembro, porque implica a aceitação por parte do Governo de Atenas de medidas adicionais a partir de 2019.

No Jornal de Negócios, o artigo de opinião de Serguei Guriev sobre a arte da integração europeia. Diz o economista-chefe do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento que, para a União Europeia continuar a ser um farol de abertura e de democracia liberal, deve prosseguir com a integração. O Brexit não tem de prenunciar a morte da União. Em vez disso, pode funcionar como um alerta, estimulando medidas para resolver os problemas da União Europeia.