CDS admite enviar para o Ministério Público declarações de Costa e Azeredo sobre Tancos
01-10-2019 - 12:44
 • Lusa

O CDS pediu, no sábado, ao presidente da AR que esclarecesse se tinham sido enviadas cópias das declarações tanto de António Costa como de Azeredo Lopes sobre o processo de Tancos, depois de ter concluído que poderiam ter sido prestadas, por um ou outro, “falsas declarações”, mas, até agora, não houve resposta.

O CDS vai pedir formalmente que o parlamento envie ao Ministério Público as declarações do primeiro-ministro e do ex-ministro Azeredo Lopes sobre o caso Tancos, se a Assembleia ainda não o tiver feito.

A confirmação foi feita aos jornalistas pela presidente do CDS, Assunção Cristas, esta terça-feira, durante a visita a um laboratório farmacêutico, nos arredores de Coimbra, no âmbito da campanha para as legislativas.

No sábado, o CDS já tinha pedido ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, que esclarecesse se tinham sido enviadas cópias das declarações tanto de António Costa como de Azeredo Lopes sobre o processo de Tancos, depois de ter concluído que poderiam ter sido prestadas, por um ou outro, “falsas declarações”.

Até agora, não há resposta pública sobre o assunto e, na conferência de líderes de quarta-feira, pedida pelo PSD para o tema de Tancos ser debatido na comissão permanente, órgão que substitui o plenário do parlamento, o líder parlamentar do CDS vai questionar Ferro Rodrigues.

“No caso de uma resposta negativa, nós faremos esse pedido formal, por escrito”, afirmou.

Fontes da bancada centrista disseram à ag~encia Lusa que o partido tem a expectativa de a comissão permanente reunir na quinta-feira, um dia depois da conferência de líderes, e a apesar da aproximação da data das eleições.

Nas declarações, Cristas sublinhou que, “havendo uma maioria a favor” da reunião, que inclui o BE, “não se compreenderia que fosse de outra forma”.

Quem não sai da mira no alvo das críticas do CDS é António Costa, líder do PS e primeiro-ministro, pelas reservas levantadas pelos socialistas à realização do debate urgente proposto pelo PSD, em comissão permanente.

“O PS está mal em não querer vir debate e esclarecer este ponto, mas quem está mal, acima de tudo, é o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, que tem de dar explicações ao país. As duas ações são condizentes”, disse.