Ministra da Justiça diz que momento "não é ideal" para greve dos guardas prisionais
05-12-2018 - 17:41

"Estar a prejudicar as visitas, o ritual do Natal, a visita dos filhos prejudica os reclusos", defendeu Francisca Van Dunem no Parlamento.

A ministra da Justiça considerou esta quarta-feira que, "do ponto de vista humano", esta altura não é a ideal para os guardas prisionais cumprirem períodos de greve, dizendo que os mais prejudicados são os reclusos.

"Do ponto de vista humano não é o período ideal para encetar este tipo de luta. Estou convencida que os guardas prisionais, até pela carreira que escolheram, têm um elevado grau de humanidade", afirmou Francisca Van Dunem no Parlamento, quando questionada pelos jornalistas sobre o motim de terça-feira no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL).

Considerando que o que se passou no EPL ontem nada tem a ver com o ocorrido hoje na prisão de Custóias, no Porto, a ministra explicou que "são coisas que acontecem mais no sistema prisional do que se pensa" e insistiu que os grandes prejudicados com a greve dos guardas prisionais são os reclusos.

"Sublinho que estar a prejudicar as visitas, o ritual do Natal, a visita dos filhos prejudica os reclusos e esta quadra não é o ideal para que se cumpra esta forma de luta", acrescentou a ministra, garantindo que o ministério continua a conversar com os sindicatos dos guardas prisionais.

O Ministério aguarda uma decisão do colégio arbitral para que os serviços mínimos possam abranger as visitas aos reclusos.

Os guardas prisionais têm previsto cumprir períodos de greve de 6 a 13 e de 14 a 18 de dezembro e até 6 de janeiro.