Wimbledon abre a porta a Novak Djokovic e fecha-a a Medvedev
26-04-2022 - 15:24
 • Renascença

O número do mundo poderá participar no torneio inglês, mesmo não estando vacinado contra a Covid-19. Tenistas russos e bielorrussos definitivamente excluídos, devido à conflito na Ucrânia.

Novak Djokovic vai ter oportunidade de defender o título conquistado em Wimbledon em 2021. Depois de ter sido impedido de jogar no primeiro Grand Slam do ano, na Austrália, por não estar vacinado contra a Covid-19, o número um do mundo já tem a certeza de que poderá participar no torneio inglês.

"As exigências do Governo para entrar no Reino Unido não incluem vacinação obrigatória, portanto, embora seja incentivado, isso não será uma condição de entrada no torneio este ano", garante, em conferência de imprensa, Sally Bolton, a diretora-executiva do All England Lawn Club and Corquet Club (AELTC), entidade que organiza o torneio.

Novak Djokovic venceu as três últimas edições do torneio de Wimbledon em 2018, 2019 e 2021. O evento não se realizou em 2020, devido à pandemia de Covid-19. Com seis troféus, o sérvio é o terceiro tenista com mais vitórias na relva do All England Club, na era Open, atrás de Pete Sampras (7) e Roger Federer (8).

Se Djokovic ganhou entrada para Wimbledon, o número dois do mundo Daniil Medvedev ficou com a certeza de que não poderá participar no torneio. Ian Hewitt, presidente do AELTC, confirma que a organização não vai aceitar inscrição de tenistas russos e bielorrussos, devido ao conflito na Ucrânia.

"Entendemos e lamentamos o impacto que esta decisão terá em todos os indíviduos afetados, mas acreditamos que tomamos a melhor decisão, dentro das circunstâncias. Arriscaríamos que o seu eventual sucessso em Wimbledon fosse utilizado como propaganda do regime russo", justifica Ian Hewitt.

O presidente do AELTC acrescenta que não considera que esta decisão seja um ato de discriminação, mas a medida necessária no contexto atual.

O torneio de Wimbledon realiza-se entre 27 de junho e 10 de julho.