Esperavam-se dificuldades na noite de ontem na estreia de Benfica e Braga na Liga dos Campeões Europeus, sobretudo por se reconhecer a possibilidade de Salzburgo e Nápoles serem capazes de conseguir algum sucesso nas suas deslocações a Lisboa e a Braga.
Aos minhotos não se apresentava um cenário fácil: iam ter pela frente o campeão italiano, o sempre muito aguerrido Nápoles e, mesmo jogando na Pedreira, era consensual a ideia de que a equipa portuguesa poderia acabar o jogo sem pontuar.
Foi o que acabou por acontecer, muito embora a qualidade de jogo dos bracarenses tivesse justificado uma igualdade final.
O onze escalado por Artur Jorge foi sempre um quebra-cabeças para os napolitanos, que só lograram chegar a uma vitória escassa mercê de um golo marcado por um defesa da formação portuguesa na sua própria baliza, quase no final do jogo..
Já em relação ao Benfica a percepção era contrária: o campeão português apresentava-se na Luz como favorito, por força de possuir uma equipa com mais qualidade, e com a vantagem de poder contar com o apoio de sessenta mil benfiquistas.
Mas o jogo começou de forma que não se esperava: austríacos mais fortes, mais rápidos, e mais determinados em chegar mais depressa à baliza contrária.
A tudo isto juntaram-se outros factores decisivos, primeiro a fraca prestação do seu novo guarda-redes, o ucraniano Trupin, e depois a expulsão do central António Silva, o que colocou os seus companheiros em situação verdadeiramente embaraçosa.
Não há atenuantes para a derrota do Benfica e só o seu treinador saberá a quem deverão ser atribuídas maiores responsabilidades, provavelmente a ele próprio, o responsável pelo despedimento de Odysseas Vlachodimus, que ontem teria feito, por certo, trabalho mais positivo na baliza encarnada.
Hoje, é a vez do Sporting entrar em campo para defrontar, na Áustria, o Sturm Graz em jogo da primeira jornada da Liga Europa.
Avisados com a qualidade do futebol austríaco, via Salzburgo, aos leões pede-se muita concentração e entrega determinada ao jogo.