Um segundo militar da GNR foi ferido esta terça-feira na zona de Candal, em S. Pedro do Sul, distrito de Viseu, depois de uma troca de tiros com os suspeitos dos incidentes em Aguiar da Beira, confirmou à Renascença fonte das Relações Públicas do Comando Territorial da GNR da Guarda.
Esta terça-feira, de manhã, um militar foi morto e um outro foi ferido durante uma tentativa de assalto a um hotel em construção.
Os suspeitos fugiram e as autoridades montaram uma operação de "caça" ao homem, durante a qual encontraram mais duas vítimas civis. Uma das pessoas morreu, a outra sofreu um traumatismo cranioencefálico grave e foi submetida a uma operação no Centro Hospitalar Tondela-Viseu.
De acordo com a GNR da Guarda, estarão envolvidos no mínimo dois suspeitos que devem ser encarados como perigosos, estando um deles identificado e referenciado por outras actividades criminosas, para além de estarem também já duas viaturas suspeitas referenciadas.
A GNR tem no terreno uma operação policial que se estende até à fronteira com Espanha.
A Polícia Judiciária e a GNR terminaram cerca das 14h00 a recolha de indícios junto à Estrada Nacional (EN) 229, em Aguiar da Beira, onde foi encontrado um militar morto e dois civis alvejados, um destes também morto.
"Fiquem em casa"
Os moradores de Póvoa das Leiras e Candal, no concelho de S. Pedro do Sul, foram aconselhados a permanecer em casa pelo presidente da Junta, José Carlos Almeida.
O autarca encontrava-se na estrada de acesso às duas aldeias serranas, situadas na zona onde decorrem buscas para encontrar os suspeitos.
"A nossa preocupação é que ele se possa meter nas aldeias e faça algum refém", disse José Carlos Almeida, aludindo apenas a um dos suspeitos que populares terão avistado.
Segundo o autarca, "as pessoas estão todas avisadas pelas autoridades para se manterem em casa e fechadinhas".
Na aldeia de Candal vivem cerca de 40 pessoas e na de Póvoa das Leiras cerca de 20, a maior parte das quais idosas, acrescentou.
[notícia actualizada às 19h34]