Bispos portugueses alertam para violência no namoro
12-02-2019 - 14:06
 • Ana Lisboa

Comissão episcopal do Laicado e Família emitiu nota a propósito do "dia dos namorados".

A comissão episcopal do Laicado e Família manifesta, em comunicado, a sua preocupação pela “crescente violência no namoro, porque compromete um projeto familiar alicerçado no verdadeiro amor”.

Na mensagem emitida a propósito do dia de São Valentim, aquela comissão sublinha a importância deste tempo de preparação para o matrimónio e, nesse sentido, sublinha que “o namoro pode proporcionar um conjunto de momentos fundadores de uma relação para toda a vida e pela qual se dá a vida”.

A comissão episcopal considera que o namoro é um tempo de descoberta mútua, durante o qual se partilham “escolhas, sonhos e projetos. Só poderemos caminhar, se seguirmos pelo mesmo caminho e resolvermos juntos as dificuldades das encruzilhadas que vamos encontrando na vida”.

“O tempo do namoro é decisivo, porque leva à descoberta da beleza do amor pela dádiva da vida, por isso, requer tempo, delicadeza e seriedade, que geram confiança, estima e respeito. É por isso que o Papa Francisco nos lembra que ‘aprender a amar alguém não é algo que se improvisa’ ”, acrescenta a nota.

A terminar, o texto afirma que “a Igreja saúda-vos e acompanha-vos com esperança, pois conta convosco para a constituição de novas famílias fortes na fé, na alegria e no amor fecundo, na certeza que é assim que Deus vos sonha e deseja contar convosco”.

O Dia dos Namorados é festejado sob a invocação de São Valentim, um santo da península itálica, do século III, que que teria apoiado os jovens no matrimónio contra a ordem do imperador que os impedia de casar para servirem o exército romano.

Liturgicamente, 14 de fevereiro é o dia da festa de São Cirilo e de São Metódio, mas, em Itália, a diocese de Terni celebra o seu padroeiro, São Valentim, primeiro bispo desta localidade, que morreu como mártir, provavelmente no século IV.

Este nome está ligado a algumas lendas, as quais Valentim teria morrido decapitado a 14 de fevereiro por se ter recusado a renunciar ao Cristianismo e por, secretamente, ter celebrado o casamento entre uma jovem cristã e um legionário, apesar da proibição de Cláudio II.