“Irmãos e irmãs, vós que habitais esta grande ilha virada para o Oceano Pacífico, talvez algumas vezes tenhais pensado que estais numa terra distante, longínqua, situada nos confins do mundo. E talvez, por muitas outras razões, já vos tenhais sentido distantes”, disse o Papa na homilia. “O Senhor, no entanto quer hoje aproximar-se de vós, quebrar as distâncias, fazer-vos sentir que estais no centro do seu coração e que cada um de vós é importante para Ele”.
O abraço de Francisco ao povo deste arquipélago manifestou-se também no estilo da celebração a que presidiu, marcada pela diversidade cultural e colorida destas gentes.
Danças ritmadas com tambores, grupos tribais com adereços típicos de penas, plantas, colares e pinturas autóctones marcaram a celebração. Muitos destes autóctones participaram nas leituras e no ofertório.
Atenção especial mereceu a segunda leitura da missa, feita por uma mulher que, além de uma pena branca no alto da cabeça, juntou uma bandeira da sua terra, a ilha Bougainville, que, há anos, deseja tornar-se independente da Papua Nova Guiné - pretensão que tem originado sérios confrontos e, para os quais, o próprio Papa pediu uma rápida solução no seu primeiro discurso às autoridades.
Paz para as Nações e para a criação! Não ao rearmamento!
No final da missa, Francisco rezou o Angelus pedindo o dom da paz.
“A partir desta terra abençoada pelo Criador, gostaria de invocar juntamente convosco, por intercessão de Maria Santíssima, o dom da paz para todos os povos”. Francisco implorou a paz, especialmente para esta grande região do mundo entre a Ásia, a Oceânia e o Oceano Pacífico: “Paz! Paz para as Nações e também para a criação! Não ao rearmamento e à exploração da casa comum! Sim ao encontro entre povos e culturas, sim à harmonia do homem com as criaturas!”, afirmou