A Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos ou monkeypox, é uma doença transmitida de animais para humanos e em que a transmissão entre humanos pode ocorrer. Esta infeção viral é rara e com sintomas semelhantes aos da varíola comum, mas mais ligeiros. A varíola dos macacos começa por se manifestar através de febre, arrepios dores de cabeça ou muscular e exaustão. Ou seja, sintomas semelhantes a muitas outras doenças.
Como é que se transmite entre humanos?
O contágio acontece por via sexual, de acordo com os especialistas, sobretudo entre pessoas dos sexo masculino. Pode também ocorrer contágio por gotículas respiratórias de maiores dimensões através de espirros ou tosse, por exemplo, que não alcançam grandes distâncias. Por isso, para ocorrer contágio é necessário um contacto cara a cara e prolongado.
O que se sabe sobre esta nova estirpe?
Uma nova estirpe ("clade 1b") foi detetada na República Democrática do Congo (RDCongo) em setembro de 2023 e depois notificada em vários países vizinhos.
Esta estirpe "provoca doenças mais graves do que o clade 2", segundo o responsável da OMS.
Quantos casos já foram registados?
A "varíola dos macacos" é uma doença viral que se propaga dos animais para os seres humanos, mas também é transmitida por contacto físico próximo com uma pessoa infetada com o vírus.
Desde janeiro de 2022, foram registados 38.465 casos em 16 países africanos, com 1.456 mortes, incluindo um aumento de 160% dos casos em 2024 em comparação com o ano anterior, de acordo com dados publicados na semana passada pelo África CDC.
Quando foi descoberta pela primeira vez?
O Mpox foi descoberto pela primeira vez em seres humanos em 1970, na atual RDCongo (antigo Zaire), com a propagação do subtipo Clade I (do qual a nova variante é uma mutação), que desde então tem estado principalmente confinado a países da África Ocidental e Central, onde os doentes são geralmente infetados por animais infetados.
Em 2022, uma epidemia mundial do subtipo clade 2 propagou-se a uma centena de países onde a doença não era endémica, afetando principalmente homens homossexuais e bissexuais.
A OMS declarou um alerta máximo em julho de 2022 em resposta a este surto mundial, mas levantou-o menos de um ano depois, em maio de 2023. A epidemia causou cerca de 140 mortes num total estimado de 90.000 casos.