25 anos sem Ayrton Senna
03-05-2019 - 06:13
 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)

Foi a 1 de maio de 1994, o culminar de um dos piores fins de semana da história do desporto automóvel.

A Fórmula 1 nunca mais foi a mesma desde a morte de Ayrton Senna, no tempo em que os grandes prémios davam na televisão em sinal aberto ao domingo antes da uma da tarde.

1 de maio de 1994 foi há 25 anos. Para alguns, terá sido o último Grande Prémio que os colou ao ecrã.

Por estes dias, a televisão trouxe de volta aquelas imagens do choque do monolugar da Williams. Aquele monolugar número 2, pilotado por Senna a ir em frente contra o muro a 210 quilómetros por hora na fatídica curva Tamburello.

Foi o mais trágico dos fins de semana na história da Fórmula 1. Imola, San Marino, 1994. Senna morreu a 1 de maio. No dia anterior, Roland Ratzenberger também ficou pelo caminho.

Outro acidente mortal, na sessão de treinos. Ia ser o terceiro GP de Fórmula 1 da carreira do piloto austríaco que morreu aos 33 anos.

Mas o que fica para a história desse fim de semana é o desaparecimento daquele que juntamente com Alain Prost, Nigel Mansell e Nelson Piquet era considerado um dos mais nobres cavaleiros da Fórmula 1.

E entre tantos números que contam a história de Ayrton Senna, há um que me chamou a atenção: 162 mil euros. É o valor pelo qual foi leiloado o icónico capacete amarelo da temporada de 1990, o ano em que Senna conquistou o segundo de três campeonatos do mundo ao serviço da McLaren.

E o mais curioso é que este casco vendido por 162 mil euros é um recorde que supera outro capacete de Ayrton Senna, aquele com que o piloto brasileiro alcançou o título de 1991. Licitado por 85 mil euros. São valores exorbitantes que muitos gostariam de ter para eternizar a memória de um dos melhores pilotos da história da Fórmula 1.

O desporto automóvel onde os carros pesam pouco mais de 600 quilos, 95 dos quais só em motor, um V8... E este é um dos mais leves do mundo. Com sete velocidades, demora 2,6 segundos dos 0 aos 100. Motores que podem atingir as 19 mil rotações e uma velocidade máxima de 362 quilómetros por hora.

No interior do cockpit, a temperatura pode chegar aos 55 graus. É duro, mas tem as suas vantagens. Cada piloto perde, em média, dois quilos por Grande Prémio de Fórmula 1.