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O primeiro-ministro defende que, ao reduzir a dívida pública, Portugal poupa nos juros e pode investir em áreas como a saúde ou educação. António Costa considera que a oposição já desistiu de ganhar as eleições de 2026 e sublinha que as reformas vão subir tal como previa a lei.
Na apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) aos deputados do PS, esta quarta-feira à noite, António Costa afirmou que é preciso estar comprometido nesta tarefa, para não sobrecarregar as gerações mais novas.
“É um encargo que não deixamos para as próximas gerações, mas também é muito importante para as atuais gerações. Quando nos dizem: ‘porque é que, em vez de apoiarem mais as famílias que precisam hoje, se preocupam com pagar a dívida’, convém não esquecer que estamos a libertar recursos daquilo que teríamos a pagar em juros para podermos acorrer às necessidades diversas com que nos vamos confrontando”, explicou António Costa.
Em relação ao novo fundo que o Governo vai criar para fazer investimentos quando o dinheiro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) acabar, o primeiro-ministro responde aos partidos da oposição.
António Costa rejeita as críticas e diz que todos desistiram de ganhar as próximas eleições legislativas.
“Quando ouço alguns líderes da oposição dizerem que este Orçamento é eleitoralista, é porque eu acho mesmo que eles prescindiram de ganhar as eleições de 2026 e já acham que estamos a constituir aqui capacidade de investimento para ganharmos as eleições de 2030, porque em vez de gastarmos agora os 2.000 mil milhões de euros e os reservarmos para o pós-2026, só pode demonstrar que já só estão preocupados com [a eleição] de 2030 e a de 2026 já dão por perdida.”
O primeiro-ministro aproveitou ainda para falar sobre as pensões. Depois da polémica deste ano, onde a oposição acusou o Governo de mentir, António Costa vinca que as reformas vão subir tal como previa a lei.
“No ano passado, acusaram-nos de tudo e mais alguma coisa, mas a verdade é que os pensionistas sabem que podem confiar no PS. No ano passado, tiveram o aumento a que tinham direito e tiveram meia pensão suplementar e, como sempre dissemos, iríamos trabalhar para chegar a este ano em condições de garantir que o aumento de pensões para 2024 seria o que resulta da Lei de Bases da Segurança Social. Foi o que conseguimos e é o que vai acontecer”, disse o primeiro-ministro.