Saída de Temido. Farmacêuticos esperam que novo ministro adote postura de diálogo
30-08-2022 - 11:26
 • Lusa

Marta Temido iniciou funções como ministra da Saúde em outubro de 2018, sucedendo a Adalberto Campos Fernandes.

A Ordem dos Farmacêuticos espera que o novo ministro da Saúde adote uma postura de diálogo com os profissionais de saúde, doentes e representantes e defendeu uma estratégia clara para resolver problemas estruturais do Serviço Nacional de Saúde.

Em comunicado, em reação à demissão da ministra da Saúde, a Ordem dos Farmacêuticos (OF) disse esperar que a nomeação de um novo governante constitua uma oportunidade para recuperar a confiança dos portugueses no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Os farmacêuticos entendem que a Saúde precisa de uma estratégia clara, que permita a resolução dos problemas estruturais do SNS. Estes problemas não estão circunscritos aos casos mediáticos, afetando muitas outras áreas e profissionais, entre os quais os Serviços Farmacêuticos Hospitalares, como a OF tem vindo a referir", é referido na nota.

Para a ordem, o SNS "deve ser sustentável através de uma gestão adequada dos seus recursos humanos e financeiros e potenciar a integração e aproveitamento de toda a capacidade instalada no país".

A nota refere que os farmacêuticos continuam a estar disponíveis para colaborar com o novo ministro, "de forma a construir um sistema de saúde mais eficiente e universal".

Marta Temido apresentou demissão, esta madrugada, por entender que "deixou de ter condições" para exercer o cargo, demissão que foi aceite pelo Primeiro-ministro. António Costa agradeceu "todo o trabalho desenvolvido" por Marta Temido, "muito em especial no período excecional do combate à pandemia da Covid-19".

Marta Temido iniciou funções como ministra da Saúde em outubro de 2018, sucedendo a Adalberto Campos Fernandes.

Durante os seus mandatos, Marta Temido esteve no centro da gestão da pandemia, que começou em 2020, mas também atravessou várias polémicas. Recentemente, o encerramento dos serviços de urgência de obstetrícia em vários hospitais por falta de médicos para preencher as escalas pressionou a tutela.