​PSD de Lisboa mostra “desagrado” pelo processo de escolha de candidata
16-03-2017 - 19:28
 • Eunice Lourenço , Paula Caeiro Varela

Líder da concelhia lamenta não ter sido envolvido no processo de escolha de Teresa Leal Coelho como candidata à Câmara de Lisboa.

A concelhia de Lisboa do PSD mostra o seu “desagrado” pela forma como foi conduzido o processo para a escolha da candidata do partido à câmara da capital. A escolhida é Teresa Leal Coelho, mas a formalização só deve ter lugar no domingo, como avançou a Renascença.

O “timing” foi anunciado por Pedro Passos Coelho que, em visita à Bolsa de Turismo de Lisboa, disse que já deu a indicação do nome, mas remeteu o anúncio para a distrital do partido, que se reúne no domingo à tarde. O líder do PSD não confirmou, contudo, o nome da sua vice-presidente e vereadora em Lisboa.

Na sua página na rede social Facebook, o líder da concelhia social-democrata, Mauro Xavier, já veio mostrar o seu descontentamento com a forma como o processo decorreu. “Enquanto presidente do PSD Lisboa venho demonstrar o meu profundo desagrado com a metodologia escolhida e pelo não envolvimento da concelhia no processo”, escreveu Mauro Xavier, que, contactado pela Renascença, remete para esse “post” qualquer posição sobre o assunto.

“Não sabendo quem é o candidato, apenas posso desejar os maiores sucessos políticos. Uma alternativa é o que todos os Lisboetas desejam”, acrescenta Mauro Xavier, que também lembra que a concelhia tem um programa para a cidade para apresentar: “Do nosso lado temos um programa inovador para a cidade preparado pela o grupo de trabalho liderado pelo José Eduardo Martins e presidentes de junta com um trabalho ímpar.”

Esse programa, contudo, já não deve ser apresentado antes da apresentação da candidata. A Renascença sabe que José Eduardo Martins combinou com Passos Coelho que, para não haver mais sinais de divisão nas autárquicas da capital, o programa só seria divulgado depois de haver candidato. Agora, com a escolha de Teresa Leal Coelho, o mais provável é que seja a própria a receber o programa e a decidir o que fará com ele.

O próprio José Eduardo Martins chegou a ser falado como uma possibilidade para a capital. E a concelhia queria que ele fosse, pelo menos, um plano B para o caso de Pedro Santana Lopes recusar uma candidatura, como veio a verificar-se.

Apesar do desagrado com o processo, o líder da concelhia social-democrata apela à união. “Este é o tempo do PSD estar unido em torno da sua candidatura. Os balanços só devem ser feitos depois dos votos contados. No que depender de mim, no dia das eleições, Passos Coelho estará com o seu candidato na varanda da praça de município. Eu farei o que sempre fiz, dar o melhor em prol de Lisboa”, conclui Mauro Xavier.