“A história é certamente uma professora de vida, mas tem muito poucos alunos", começou por lamentar o Papa, citando o historiador jesuíta Giacomo Martina. Francisco aproveitou a audiência que concedeu este sábado a dezenas de docentes que estão a participar, em Roma, num congresso que assinala os 50 anos da Associação Italiana dos Professores de História da Igreja, para lhes lembrar como o seu trabalho e o seu papel são fundamentais.
Durante o encontro, que decorreu na Sala do Consistório, no Vaticano, o Papa afirmou que “a história, estudada com paixão, pode e deve ensinar muito, nestes nossos dias tão conturbados e sedentos de verdade, paz e justiça”. Sobre o contributo que podem dar à sociedade, considerou que o estudo da história faz ainda mais falta num mundo tão “dividido” como é o atual. “Através da história deveríamos aprender a refletir, com sabedoria e coragem, sobre os efeitos dramáticos e malignos das tantas guerras que atormentaram o caminho do homem nesta Terra”, disse ainda.
Lembrando que “no centro da história está Cristo", o Papa desafiou os historiadores crentes a serem "ainda mais respeitoso dos factos e da verdade", afastando-se “de todo o mundanismo ligado à presunção de conhecimento, como a ambição de uma carreira ou reconhecimento académico, ou a convicção de ser capaz de julgar por si mesmo os fatos e as pessoas".