Violação do limite do défice pode não dar sanções
12-05-2016 - 12:34
 • Anabela Góis

Bruxelas admite não penalizar Portugal e Espanha, apesar de ambos os países estarem em incumprimento por défice excessivo. No Reino Unido, assiste-se aos mais recentes episódios de uma luta fratricida entre os que querem ficar e os que querem sair da UE.

O “Público” escreve: “Sanções zero são hipótese de Bruxelas para Portugal e Espanha”. A Comissão Europeia vai decidir, na próxima semana, a aplicação de sanções ao nosso país por não ter cumprido as metas, e não ter feito o suficiente para reduzir o défice, em 2015. As multas previstas podem chegar a 0,2% do PIB, mas o “Público” diz que Bruxelas deve optar por abrir procedimento mas sem aplicar sanção.

O mesmo assunto no “Jornal de Notícias” que escreve: “Comissão Europeia nega que já tenha uma decisão tomada para sancionar Portugal e Espanha por défice excessivo.

O “Diário de Notícias” também faz título do desmentido da Comissão Europeia embora refira que o jornal online de temas europeus, o “Euractiv”, avançou que já foi tomada a decisão de sancionar Portugal e Espanha por incumprimento. Ainda no “DN”: “António Costa vai a Bruxelas dizer que multa não será justa nem razoável”.

No britânico “The Times” é destaque a entrada de Gordon Brown na campanha para o referendo sobre a permanência do país na União Europeia.

O antigo Primeiro-ministro trabalhista quer manter o Reino Unido no clube dos 28 para liderar e desafiar o principal rosto do “não”, Boris Johnson, para um duelo televiso. No início de um périplo pelo país o ex-mayor de Londres anunciou 99 razões para a saída britânica.

O “The Telegraph” conta que a campanha a favor da continuação do Reino Unido na União Europeia está a ser financiada por empresas estrangeiras e alguns dos maiores bancos americanos. De acordo com a comissão eleitoral entre os doadores contam-se o Citigroup, o Morgan Stanley, o Goldman Sachs e o JP Morgan, bem como, as empresas francesas Airbus e o Eurostar.

O “The Guardian” dá voz ao milionário britânico, Peter Hargreaves, que comparou as consequências de sair da União Europeia com a retirada forçada dos militares britânicos da Europa depois da França ser tomada pelos Nazis, durante a segunda guerra mundial, o que lhe valeu grandes críticas.

O “Daily Telegraph” escreve à largura da primeira página que o chefe do Governo, David Cameron, recusa participar em debates televisivos sobre o referendo.

O espanhol “El País” diz que Bruxelas vetou a venda da telefónica O2 por questões de concorrência. A Comissão Europeia considera que a compra pela Hutchison reduz a concorrência no móvel no Reino Unido. O comprador está a estudar medidas legais contra a decisão

O “El Mundo” dá destaque ao relatório da Human Rights Watch sobre a situação dos refugiados na fronteira da Síria com a Turquia. A organização humanitária apresenta testemunhas e imagens que põem em causa as declarações do Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que recentemente considerou a Turquia como "o melhor exemplo mundial de como tratar os refugiados”

O “La Razón” entrevista o ministro dos Negócios Estrangeiros da Bósnia. Moderadamente optimista, Igor Crnadak identifica a luta contra la corrupção como prioridade nacional para que Bruxelas aceite oficialmente a candidatura à União Europeia em 2017.