Travar o desconfinamento? "Se chegarmos à zona vermelha, temos mesmo de andar para atrás"
11-03-2021 - 20:45
 • Renascença

Primeiro-ministro admite uma revisão do plano, caso seja ultrapassada a fasquia dos 120 casos diários por 100 mil habitantes à média de 14 dias.

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O primeiro-ministro admite voltar atrás no calendário de desconfinamento, caso a evolução da pandemia a isso obrigue.

Na conferência de imprensa de apresentação do plano de desconfinamento, António Costa revelou que o Governo fará uma reavaliação a cada duas semanas das medidas implementadas, baseando-se num gráfico a cores em que, no eixo vertical, figura o número de casos diários por 100 mil habitantes a 14 dias e, na horizontal, apresenta o R(t), ou taxa de transmissibilidade R(t).

António Costa admite uma revisão do plano, caso seja ultrapassada a fasquia dos 120 casos diários por 100 mil habitantes à média de 14 dias.


"Não iremos acelerar relativamente a este calendário: a zona verde significa que nós estamos numa situação de conforto relativamente ao calendário que definimos. Se passamos para as zonas amarelas, significa que estamos numa situação em que temos de paralisar essa evolução e se chegarmos à zona vermelha, significa que temos mesmo de voltar para trás relativamente aos avanços que já obtivemos”, disse o primeiro-ministro aos jornalistas.

Para António Costa, o país não pode, “simultaneamente, passar acima dos 120 casos por 100 mil habitantes a 14 dias e um R superior a 1”.

Por outro lado, diz, “temos de conseguir controlar, quer o risco da transmissão quer o aumento do número de novos casos e isso depende de cada um de nós e se a evolução da pandemia fizer a cruz do gráfico andar no sentido contrário do ponteiro do relógio, significa que temos mesmo de fazer a nossa vida andar para trás”.