Portugal pediu, esta terça-feira, a "contenção de todas as partes" no Médio Oriente, o único caminho que considera capaz de "evitar uma escalada de consequências imprevisíveis" entre Israel, o Irão e os grupos aliados na região.
Numa publicação através da rede social X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros condenou "liminarmente os ataques do Irão a Israel e à sua população civil". O ministério liderado por Paulo Rangel afirmou ainda que o Irão "deve cessar imediatamente as hostilidades".
A União Europeia frisou, por sua vez, que os ataques do Irão contra Israel constituem "uma séria ameaça" à segurança regional, alertando que a escalada corre o risco de ficar "fora de controlo", numa condenação acompanhada por vários países europeus.
"A UE condena nos termos mais veementes o ataque do Irão contra Israel. O perigoso ciclo de ataques e retaliações corre o risco de ficar fora de controlo. É necessário um cessar-fogo imediato em toda a região. A UE continua plenamente empenhada em contribuir para evitar uma guerra regional", destacou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.
O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestou-se na mesma linha, condenando "nos termos mais fortes" o ataque do Irão contra Israel, por ser "uma ameaça à segurança regional".
Michel lembrou ainda que a UE está pronta para "apoiar os esforços para acalmar e proteger as vidas dos civis".
Pouco antes, Peter Stano, porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), chefiado por Borrell, tinha alertado que as "sucessivas vagas de ataques e represálias alimentaram uma espiral de conflitos incontroláveis".
Stano destacou ainda que a UE "mantém contactos estreitos com todas as partes interessadas" na desescalada do conflito.
A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, condenou, através da rede social X, o ataque do Irão, alertando que "aproxima a região do abismo".
Também o chefe do Governo da Áustria, o conservador Karl Nehammer, destacou no X: "Condenamos veementemente o lançamento de mísseis pelo Irão contra Israel e a sua população civil. Exigimos que o Irão cesse imediatamente as hostilidades contra o Estado de Israel e apoiamos a ação de Israel direito de se defender plenamente.
O primeiro-ministro checo, o conservador Petr Fiala, reafirmou, por sua vez, o apoio do seu país a Israel numa breve mensagem: "Estamos com Israel! Como sempre".
Já a ministra dos Negócios Estrangeiros da Roménia, Luminita Odobescu, manifestou a solidariedade do seu país para com Israel e sublinhou o direito do Estado israelita de se defender contra estes ataques.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros croata também se juntou às condenações, qualificando o ataque de indiscriminado e destacando a necessidade de uma solução política para a crise atual.
Da Eslovénia, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Tanja Fajon, manifestou preocupação com a escalada na região: "Condeno firmemente a escalada do conflito no Médio Oriente com o ataque do Irão a Israel. O que vemos na região é uma escalada em vez de uma desescalada. Novos incêndios em vez de um cessar-fogo".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros búlgaro também manifestou a sua condenação, destacando a necessidade de manter a estabilidade regional: "Condenamos veementemente os ataques com mísseis do Irão contra Israel e apoiamos a estabilidade regional e a segurança do Estado de Israel".
O Irão atacou Israel esta terça-feira, lançando mais de 100 mísseis contra Jerusalém e Telavive. O ataque durou cerca de uma hora, e a única vítima será um homem palestiniano.
Os Estados Unidos da América ajudaram Israel na defesa face ao ataque, e prometeram "consequências graves" para Teerão.
[notícia atualizada às 23h44 com reações da UE e líderes europeus]