Venda de carros de luxo aumenta em Portugal apesar da crise pandémica
01-07-2021 - 16:29
 • João Carlos Malta

Nos primeiros seis meses do ano, a Maserati, a Ferrari ou a Bentley venderam mais carros, quando comparado com o mesmo período de 2020.

O mercado automóvel de carros ligeiros em Portugal está a crescer na primeira metade do ano. Nos primeiros seis meses de 2021, venderam-se mais 20.284 unidades do que em igual período do ano passado, o que equivale a um crescimento de 25,6%.

Mas há um sub-mercado que ainda está a reagir melhor: o dos carros de luxo. Quando olhamos para marcas como a Ferrari vemos que até junho, o aumento de vendas foi de 117%. No total, a marca italiana vendeu em Portugal 13 unidades em comparação com os seis que tinham saído dos stands nacionais no primeiro semestre de 2020.

A Maserati que no ano passado não vendera nenhum carro em meio ano, este ano até junho já vendeu 10 unidades. A Bentley também cresceu 50%, com mais cinco carros vendidos (passou de 10 para 15 unidades).

A Lexus também sobe acima da média: tem 233 unidades vendidas mais 51,3% na primeira metade do ano.

O mercado de ligeiros continua a ser liderado pela Renault (tem quase 18% da quota de mercado), seguindo-se a Peugeot e a Citröen.

A ACAP, associação de empresários do setor, identifica que se tem vindo a verificar desde Abril de 2021, também no mês de Junho de 2021 se verificou um crescimento do mercado automóvel quando comparado com igual mês de 2020 o que, todavia, "não reflecte a actual situação do setor automóvel".

A mesma associação argumenta que "é importante proceder-se também a uma comparação com 2019". "Para além da pandemia Covid-19, que tem tido um impacto negativo na procura, as vendas de automóveis em Portugal e no mundo estão a ser atingidas pela crise dos semi-condutores que está a afectar o lado da oferta, existindo, em muitos modelos em comercialização, falta de produto para colocação no mercado".

"Assim, apesar de os concessionários continuarem abertos e a operar em pleno, 2021 está a revelar-se um ano particularmente difícil para o sector depois de um 2020 em que se verificou uma das maiores quedas de mercado de sempre", conclui a ACAP em comunicado.