A saída do Reino Unido da União Europeia – decidida em Junho do ano passado através de referendo – está a fazer aumentar o número de judeus descendentes de sefarditas que querem ter nacionalidade portuguesa. Ora, este é um tema que mereceu, igualmente, uma reportagem no britânico “The Guardian”.
As recentes alterações à lei da nacionalidade, tanto em Portugal como em Espanha, estão a ser aprovadas por muitos judeus britânicos que preferem manter-se como cidadãos europeus de pleno direito do que terem que lidar com as incertezas da saída da UE. O “The Guardian” cita Michel Rothwell, membro da comunidade judaica do Porto, que terá recebido mais de 400 candidaturas nos meses seguintes ao referendo britânico. Rothwell diz que essas pessoas estão ansiosas e pensam que ter um passaporte da União Europeia será uma vantagem, ainda que não esteja nos seus planos mudar-se para Portugal.
No “El Pais”, a notícia de um consenso para o desenvolvimento em que a União Europeia, supostamente, irá oferecer grandes oportunidades. A proposta dá pelo sugestivo nome “nosso nome, nossa dignidade, nosso futuro”. A estratégia é preparar o caminho para o desenvolvimento e cooperação europeia na próxima década. Neste ponto, África receberá mais atenção do que outros continentes no combate à pobreza extrema e às desigualdades, na ajuda que a Europa pretende dar aos países menos desenvolvidos. É que 70% desses países estão situados precisamente em África.
O terrorismo, à entrada do novo ano marca grande parte das primeiras páginas europeias, depois dos atentados de Istambul – numa discoteca e duas semanas depois do ataque terrorista de Berlim.
O “Le Monde” diz que este foi um “réveillon” sob controlo em Colónia, na Alemanha. Na imagem vê-se um poderoso dispositivo policial e lê-se que tudo foi feito para evitar um novo pesadelo, nomeadamente durante a corrida de São Silvestre.
Por cá, o “Público” coloca uma curiosa pergunta: a borboleta voa na Europa e provoca uma tempestade em Portugal? A frase serve para descrever um efeito da Teoria do Caos, segundo o qual um minúsculo movimento num sítio do planeta pode provocar uma tempestade nos seus antípodas. Mas, neste caso, não vamos tão longe. O ano de 2017 vai ser de eleições na Europa. O artigo apresenta, depois, as previsões de personalidades como Rui Rio, Ferro Rodrigues, vários líderes partidários e até do governador do Banco de Portugal. As eleições previstas em vários países-chave (admite-se) poderá constituir o tal “bater de asas” necessariamente sentido em Portugal.