Fugitivo de Aguiar da Beira. Operação está a correr “muitíssimo bem”
18-10-2016 - 15:53
 • João Carlos Malta

É o balanço das forças de segurança. Pedro Dias está a monte há uma semana, depois de ter morto duas pessoas com tiros na cabeça e ferido mais três. Já fez assaltos e raptou dois vizinhos.

A GNR e PJ, as duas forças de segurança que estão no terreno a perseguir o homicida de Aguiar da Beira, fizeram à Renascença uma auto-avaliação sobre a forma como tem decorrido as tentativas de captura de Pedro Dias, o homem mais procurado Portugal. Ambas garantem que as operações têm decorrido "muitíssimo bem".

Na segunda-feira, o coordenador da PJ da Guarda, José Monteiro, garantiu que “este assunto está a correr muitíssimo bem, porque nós podíamos estar ao quinto ou sexto dia [de fuga] com três ou quatro homicídios e não sabermos quem é o autor”.

“Neste momento, a história está esclarecida, a não ser que haja uma grande surpresa. Temos um grau de certeza e de evidência”, acrescenta José Monteiro.

O caso, defende, não é “uma guerra desenfreada” e a progressão das polícias tem de ser feita “com cálculo e previsibilidade”.

“Tragédia, já temos que chegue”, argumenta José Monteiro.

Já esta terça-feira, o relações públicas da GNR, o major Marco Cruz, concorda com a ideia. “Sim, está a correr muitissimo bem”. “Estamos a conseguir que as pessoas estejam em segurança e isso é o fulcral”.

Desde que há uma semana matou duas pessoas e feriu outras três que Pedro Dias tem deambulado pela zona de Aguiar da Beira, Arouca e agora Vila Real, já tendo feito um assalto e sequestrado um casal. Entretanto, esta terça-feira a GNR lançou um cerco à aldeia de Assento depois do alegado homícida ter sido avistado. Os moradores estão em sobressalto.

As forças de segurança estão a apostar na deterioração do estado físico do foragido para que ele cometa erros que levem à captura.

Em relação, à forma como um homem tem conseguido fugir a 200 durante oito dias, o major Marco Cruz é liminar. “Só quem não foi para o terreno é que pode falar de incompetência. Estamos a fazer tudo mas tudo o que está ao nosso alcance. Há muitos militares a trabalhar horas a fio para ter resultados”, remata.